Mick Schubert, dinamarquês que jogou no FC Porto em 2013/14 e 20154/15, explicou como trabalha a seleção que se sagrou campeã mundial este domingo
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É dinamarquês, esteve duas temporadas no FC Porto, ganhou o mesmo número de campeonatos e uma Supertaça, tendo ainda jogado uma fase de grupos da Liga dos campeões. Mick Schubert, ponta-esquerda de 30 anos que já só joga por diversão, no Ajax Copenhagen, conversou com O JOGO sobre o título da Dinamarca, mas são só.
"A equipa dinamarquesa que venceu o Campeonato Mundial tem uma ótima mescla de jogadores jovens e atletas com muita experiência nas melhores ligas do mundo", resume o extremo, para quem "Mikkel Hansen é, sem dúvida, o melhor jogador do mundo, tendo alcançado um nível que nunca outro alcançou". Mas há mais situações que explicam o sucesso: "Nós trabalhamos com os miúdos desde muito cedo. Na Dinamarca começa-se a treinar andebol com crianças de três anos. Mas, antes disso, até mais novos vão para a arena, como a minha filha, Filippa, que com um ano e seis meses já vai brincar ao andebol e trabalhar a coordenação".
O ponta-esquerda diz que "na Dinamarca o andebol está muito próximo do futebol" e, para dar uma ideia da importância da modalidade revela que "num país com cerca de cinco milhões de habitantes, dois milhões e 740 mil viram a final da televisão".
"Amo o FC Porto e sempre amarei"
Olhando para a realidade portuguesa, Schubert acredita que "começar a trabalhar mais cedo com as crianças seria uma ótima medida", uma vez que, "tal como na Dinamarca, desde muito cedo elas poderiam habituar-se aos movimentos e, ainda que começando por ser uma brincadeira, já estariam a trabalhar andebol".
"Tendo uma filha e estando à espera de outro, para março, não é fácil acompanhar o andebol em Portugal como antes", justifica Schubert, que, ainda assim, assegura manter "uma forte ligação à cidade e a muitas pessoas do Porto". Relativamente aos azuis e brancos, onde esteve duas temporadas, é extremamente direto: "Amo o FC Porto e sempre amarei".