O selecionador nacional, Hugo Silva, comentou a conquista da Challenger Cup e o apuramento para a Liga das Nações de voleibol de 2019, salientando o trabalho desenvolvido pelos atletas.
Corpo do artigo
Acontecimento marcante: "É um dos momentos que nos marca para a vida. Este é o troféu mais importante que a seleção conquistou, depois da Liga Europeia [conquistada em 2010, em Espanha]. Estamos a falar de uma liga intercontinental e fazer parte da elite do voleibol, entre as 14 melhores seleções do mundo, vai ser um desafio enorme".
Futuro: "O presidente da Federação tem de ponderar bem de que forma nos vamos preparar, mas vai ser um grande desafio trazer cá as grandes seleções. Acima de tudo, que seja um incentivo para os mais jovens. Estamos a passar por um momento difícil naquilo que é a formação jovem masculina. Há uma carência muito grande de atletas. Precisamos urgentemente de talentos".
Dedicação dos atletas: "Só acredito no trabalho diário. Esta equipa trabalha muito, cinco a seis horas por dia. As pessoas, por vezes, não têm noção do que é. Depois, também é de salientar a forma unida com que a equipa sempre esteve e um querer muito grande. Sempre lhes disse que na vida o que conta são estes momentos".
Elogios ao que é nacional: "Esta vitória reflete a valia do voleibol português. Achamos sempre que o que vem de fora é que é melhor, que eles é que são bons, entramos como derrotados e esse estigma está um pouco enraizado no desporto nacional. Somos capazes de nos transcender e fazer coisas destas, quando as pessoas menos estão à espera".
Análise à partida: "Houve alguma pressão inicial, porque era uma final. Nunca tínhamos jogado uma final. Deste grupo, só o Valdir [Sequeira] é que jogou a final da Liga Europeia [em 2010]. Para eles, era uma novidade. Custou-nos a entrar no jogo. Por muito que o discurso fosse de tranquilidade, tinham de ser eles a sentir que não valia a pena aquele tipo de comportamento, e mudaram. Fomos mais do que a tempo. O público talvez tenha feito as pazes connosco".
Críticas: "Quem vem para uma seleção nacional tem de vir para representar o país e para se promover a ele próprio. Ninguém pode vir e achar que vai enriquecer aqui e houve muita gente que achou que podia vir para a seleção e exigir mundos e fundos. Primeiro têm de mostrar como estes mostraram e depois então exigir condições. Para pensarem no dinheiro, primeiro têm de trabalhar."