Hexacampeão mundial da categoria rainha do motociclismo colocou um enxerto ósseo e a recuperação pode demorar meio ano. Dovizioso é hipótese para o seu lugar.
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O piloto espanhol Marc Márquez, seis vezes campeão do Mundo de MotoGP, e que fraturou o braço direito em queda na primeira corrida de 2020, foi submetido esta quinta-feira a uma terceira operação, face à lenta recuperação do osso.
Márquez "foi submetido a outra operação no braço direito devido à lenta recuperação do osso do úmero", anunciou a equipa Repsol Honda.
O campeão do Mundo de MotoGP em 2013, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019 foi submetido a uma intervenção para trocar a placa destinada a consolidar a fratura e colocação de um enxerto de osso retirado da sua crista ilíaca, em operação efetuada no Hospital Ruber International, em Madrid.
A queda de Márquez foi a 19 de julho, no GP de Espanha, em Jerez de la Frontera, obrigando a uma operação dois dias depois: o piloto de 27 anos ainda tentou participar na segunda prova da época, no mesmo circuito, sem sucesso. A placa no úmero direito ficou danificada posteriormente, segundo informou a equipa num acidente doméstico - uma tentativa de abrir uma janela -, o que levou a uma segunda operação no início de agosto.
Com uma pseudoartrose a atrasar a consolidação do osso, que nos últimos meses foi tratado com ondas de choque, no início de novembro a Honda já tinha assumido que o campeão não voltaria à competição antes de 2021.
Agora, e perante uma intervenção cirúrgica que demorou oito horas, o campeão vê complicar-se o início da época de 2021, pois o tempo mínimo de recuperação será de três meses e a competição arranca a 28 de março, com o Grande Prémio do Catar.
Em Espanha, no entanto, já se estima um período de convalescença de seis meses, o que significará falhar as três primeiras corridas (Catar, Argentina e Américas), regressando Marc Márquez para o Grande Prémio de Espanha, em Jerez, a 3 de maio.
Caso o pior cenário se confirme, a Honda terá de encontrar um piloto para fazer equipa com Pol Espargaró, o seu grande reforço. A solução mais simples será manter Stefan Bradl, o piloto de testes que correu este ano, sem resultados de relevo, a mais entusiasmante contratar Andrea Dovizioso, italiano que foi três vezes vice-campeão, atrás de Marc Márquez, e vai fazer um ano sabático.
Recuperar o irmão mais novo do campeão, Alex Márquez, que foi despromovido à equipa satélite, não será equacionado.