Miguel Oliveira, no segundo ano na classe de Moto2, parte como um dos favoritos a discutir corridas e os lugares do pódio. Falou a O JOGO antes do arranque do campeonato
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Sem pressão mas cheio de ambições. Depois de uma época de aprendizagem na categoria intermédia do Mundial de Velocidade, Miguel Oliveira regressa à KTM, marca que aposta, pela primeira vez, numa presença nas três classes. Os testes de pré-temporada realizados até ao momento deixaram excelentes indicações para o piloto português, que depois de um vice-campeonato em Moto3, aponta a "objetivos ambiciosos" em Moto2.
"O projeto KTM é novo e não tenho qualquer pressão de resultados. No entanto, as ambições são sempre elevadas. Por isso, pretendo terminar corridas regularmente em lugares de destaque", sublinhou o piloto da Almada em exclusivo a O JOGO.
Pelo que já se pôde ver, há um punhado de jovens pilotos que têm capacidades e moto e outros que têm experiência (31 anos) para discutir as corridas com Miguel Oliveira. Um leque de adversários de peso que o luso tem perfeitamente identificado. "Atualmente podem ser apontados alguns nomes a ter em conta. [Franco] Morbidelli, [Thomas] Luthi, [Takaaki] Nakagami, [Lorenzo] Baldassari ou até algum "rookie" como o [Fabio] Quartararo são nomes que se poderão ver regularmente" na frente nas corridas.
Português brilhou nos testes de pré-temporada e deixou os adversários de sobreaviso. De regresso à KTM com que foi vice-campeão mundial de Moto3, vai atacar o título da categoria intermédia
O ano de estreia em Moto2 foi agridoce para o piloto português. Mas, agora, no regresso à casa austríaca, Miguel Oliveira parece bem mais à vontade, com uma moto à qual se adaptou com facilidade, até pela familiaridade para aquela com que foi vice-campeão há dois anos. "O chassis KTM faz desta uma verdadeira moto de corridas", explica, entusiasmado. "No restante, é tudo igual à do ano passado. A maior diferença que encontrei foi o profissionalismo da equipa Red Bull Ajo Motorsport que faz o trabalho de excelência na recolha de informação para o desenvolvimento", explica.
Com esta KTM, Oliveira tem estado bem mais à vontade. "É uma moto que gira bastante bem em curva, mesmo tendo demasiado grip (aderência) e, por isso, também permite mais velocidade em curva. Sinto que também é mais leve quando comparada com a moto do ano passado", enumera o português, a O JOGO.