Piloto português saiu para a pista pela primeira vez com Aprilia RS GP, apenas dois dias depois da última prova do Mundial, em Valência
Corpo do artigo
A primeira saída para pista do nosso Miguel com a Aprilia RS GP!
- SPORT TV (@SPORTTVPortugal) November 8, 2022
Voa, Falcão! #sporttvportugal #MOTOGPnaSPORTTV #Motorcycle #Racing #Motosport #RNF #MiguelOliveira pic.twitter.com/emErhtNbrg
15328027
Miguel Oliveira já esteve ontem com a nova equipa, CryptoData RNF, e sentou-se pela primeira vez numa Aprilia RS-GP, pintada de negro e com riscas laranjas, tendo o número 88 pintado. Foi o início de uma nova era na carreira do melhor piloto português da história, que hoje, entre as 8h30 e as 16h30, tem os primeiros testes em Valência, a pensar em 2023.
A transferência do português é uma das nove entre 22 pilotos, menos dois do que este ano, devido ao desaparecimento da Suzuki. Também por isso apenas existirá um "rookie", o campeão de Moto2, Augusto Fernández, pois o espanhol de 25 anos vai render Remy Gardner - curiosamente, o campeão de Moto2 do ano passado, que perdeu o lugar no MotoGP - na Tech3, esta com outra das novidades: embora tendo o material da KTM, passará a designar-se GasGas Factory Racing. Pol Espargaró será o principal piloto, tendo Miguel Oliveira recusado o lugar que lhe foi oferecido.
Além das mudanças dos ex-Suzuki para a Honda - Joan Mir junta-se a Marc Márquez na equipa oficial, Alex Rins entra na LCR Honda -, será a do almadense que desperta mais curiosidade. Oliveira é a grande aposta da RNF, equipa malaia de Razlan Razali, que depois de um ano mau - foi penúltima e teve um 10.º lugar como melhor resultado - decidiu mudar tudo: o patrocinador, que passa a ser a romena CryptoData, os dois pilotos, com o jovem espanhol Raúl Fernández a acompanhar o português, deixando a Tech3 KTM, e a montada. A RNF acaba a longa ligação à Yamaha e será a primeira equipa satélite da Aprilia, a moto que mais evoluiu este ano, permitindo a Aleix Espargaró entrar na discussão do título graças a cinco pódios nas primeiras oito corridas.
"Não se trata de ter mais motos. Devemos trabalhar juntos. Esse é um dos pontos fortes da Ducati, trabalhar com as equipas clientes e fortalecer as máquinas de fábrica", disse Espargaró em Valência, onde uma avaria o fez baixar ao quarto lugar do campeonato. O espanhol de 33 anos foi o maior responsável pelo desenvolvimento da moto italiana e será a RS-GP dele que Oliveira vai herdar. Só na próxima época se perceberá até que ponto receberá evoluções do material de fábrica, mas foi a própria Aprilia a pressionar a sua contratação, por saber que terá um piloto de ponta além do irmão mais velho dos Espargaró e de Maverick Viñales. O chefe de mecânicos deste, Giovanni Mattarollo, irá trabalhará com Oliveira, depois de ter sido a evolução de Viñales, seu rival desde os oito anos e com três pódios esta época, a também pesar na opção pela Aprilia.
Hoje, no Circuito Ricardo Tormo, a curiosidade residirá sobretudo nas novas cores dos pilotos, pouco importando os resultados. Será depois a 5 e a 10 de fevereiro, em Sepang (Malásia), e a 11 de março, em Portimão, que se verificará como está cada equipa para a nova época. Que acenderá o semáforo de partida a 26 de março, com o Grande Prémio de Portugal.