Ao cabo de um muito bom primeiro dia na defesa do triunfo alcançado, há um ano, no MotoGP da Indonésia, diz poder acionar a cláusula de rescisão com a RNF Aprilia no fim do ano. Nas boxes da equipa do malaio Raslan Razali prossegue a novela sobre o assédio da Honda.
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Um dia depois de contribuir para a limpeza das praias e o plantio de corais em Mandalika, trocando o capacete por um chapéu de palha e o fato de competição pelo vestuário casual da escuderia que representa, Miguel Oliveira não quis lavar roupa suja, contradizendo apenas uma reflexão do seu chefe. Foi pouco depois de assinar uma interessante sétima posição no segundo treino livre que respondeu ao facto de Raslan Razali ter afirmado existir uma cláusula que o impede de deixar a Aprilia antes do fim da próxima temporada.
“O Miguel tem um contrato com a Aprilia e é um contrato sólido”, dissera o malaio, lembrando que “não existe uma cláusula que diga que, se ele tiver uma oferta de fábrica, pode deixar a Aprilia ou a RNF”. “Isso não existe e pelo que sabemos ele ficará nesta equipa no próximo ano”, alertara.
“Isso não é verdade”, disparou Oliveira, alvo de assédio por parte da Honda, em busca de um piloto que compense a saída de Marc Márquez. Maverick Viñales era outra escolha, mas o espanhol sendo piloto de fábrica da Aprilia, terá mesmo um contrato que trave a saída. Já nas equipas satélites é comum a cláusula que permite a saída para uma oficial.
Entretanto, na pista em que venceu no ano passado, Oliveira garantiu a vaga no Q2 após um treino dominado pelas Aprilia e comentou: “Havia muitas bandeiras amarelas e estava ficar impaciente para conseguir a minha volta, mas estou feliz pelo registo. Ainda há algum trabalho a fazer para ter o ritmo para a qualificação”.
Honda procura “piloto especialista em desenvolver a moto”
Em entrevista à Sky Sports, Alberto Puig assegurou que ainda não tem um nome para substituir Marc Márquez, mas deixa claro que conhece bem o perfil do “piloto capaz de seguir com o trabalho de desenvolvimento da RC213V” que estava destinado ao espanhol. “O Marc queria uma moto mais competitiva, infelizmente não conseguimos entregá-la a tempo e decidiu seguir outro caminho”, lamentou o chefe da Repsol Honda. Ainda sem um nome escolhido”, insistiu no facto de o fabricante japonês ”procurar um piloto para desenvolver a moto, precisamos de alguém que seja especialista nisso”.