Miguel Oliveira aponta à Honda WSBK, ficando como piloto de testes no MotoGP

“A BMW pode ser uma opção. Mas também há a Yamaha. Nada está decidido de momento, estamos em negociações”, disse Miguel Oliveira em Barcelona, antes do seu nono lugar no Grande Prémio da Catalunha, falando pela primeira vez em concreto da mudança do MotoGP para as Superbikes. Fora da lista ficava a alternativa mais forte, revelada ontem por Paulo Oliveira, seu pai e empresário, ao “MotoSport”: o almadense está perto da mudança para a Honda, também no WSBK, mas ficando como piloto de testes no MotoGP, com a perspetiva de um regresso a nível oficial em 2027.

Embora a corrida de Barcelona tenha provado que é dos melhores pilotos da Yamaha – Alex Rins nunca foi além de décimo e fez todas as 15 corridas –, Oliveira já procurou alternativas fora do MotoGP, que terá a sua grelha de 2026 toda preenchida. Faltará apenas confirmar a entrada do brasileiro Diogo Moreira na Honda LCR e que Rins fica na Yamaha, esta já com a novidade de o turco Toprak Razgatlioglu, campeão de WSBK, render o português.

Restando as Superbikes, as possibilidades são várias. Danilo Petrucci adiantou que Oliveira será seu colega na BMW, rendendo diretamente Razgatlioglu, enquanto a Yamaha gostaria de o ver substituir o histórico Jonathan Rea, que foi seis vezes campeão e se vai retirar. A Honda, que vai perder Iker Lecuona para a Aruba-Ducati, a equipa mais forte do momento (em luta apertada com a BMW), será a hipótese restante. Menos atrativo no tocante às WSBK, pois é sexto por equipas e não tem um piloto campeão desde 2002, o melhor construtor da história no MotoGP (e 500cc) será sedutor pela ligação constante à categoria rainha, podendo permitir um regresso em grande. E ainda colocaria Oliveira a competir de imediato com pneus Pirelli, uma das novidades do MotoGP para 2027, ano de mudança de regulamentos.