
As contas das quedas do MotoGP 2020 estão todas aqui
Numa época que só teve 14 Grandes Prémios com todas as classes, as quedas diminuiram tanto no total como em média por corrida. Miguel Oliveira foi "regular" (8) e Zarco (15) deu razão aos críticos.
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A época mais curta de sempre em MotoGP, com apenas 14 corridas entre julho e novembro - Moto2 e Moto3 ainda correram no Catar, em março - foi também das mais tranquilas no tocante a quedas, pois a média de 49,6 por corrida, entre todas as categorias, é a terceira mais baixa da década.
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Curiosamente, a pista considerada mais desafiante, a estreante de Portimão, foi a que menos quedas registou. E Miguel Oliveira, em mais um comprovativo da sua boa época, foi ao chão oito vezes, precisamente a média dos 22 pilotos de MotoGP.
Se os pilotos não caíram tantas vezes, uma boa surpresa face à pressão de uma temporada concentrada, a estatística não revela a importância de algumas quedas. A começar pelas de Marc Márquez, que logo na primeira corrida, em Jerez, tombou nos treinos e depois na corrida, fraturando o úmero direito e perdendo toda a época e provavelmente o início da próxima. Depois, na Áustria, Johann Zarco fez uma manobra arriscada, caindo juntamente com Franco Morbidelli, fazendo a Yamaha deste voar e quase acertar em Valentino Rossi e Maverick Viñales. "É um louco", acusou Rossi, confessando ter sofrido "o maior susto da vida".
Portimão foi a corrida mais pacífica (32 quedas) num ano em que os pilotos dos Mundiais foram 722 vezes ao chão, 180 delas em MotoGP
O francês da Avintia Ducati, que na próxima época será promovido à Pramac, depois de ter conseguido um pódio com uma moto de 2019, já foi várias vezes acusado de arriscar em demasia - foi ele que em 2019 lesionou Miguel Oliveira, na altura seu colega na KTM - e a verdade é que vai na segunda época consecutiva como piloto que mais vezes caiu: 17 em 2019, 15 este ano.
Se Viñales protagonizou outro momento inesquecível, ao atirar-se da Yamaha a mais de 200 km/h, por ter ficado sem travões, a lista dos que mais foram ao chão também tem os rookies, Alex Márquez, Iker Lecuona e Brad Binder, em destaque. O primeiro, que já em Moto2 desistia muitas vezes, provou ter sido apressada a sua promoção à Honda oficial. E ser rookie não implica cair, como o provou Miguel Oliveira há um ano: só nove quedas, algumas a empurrão, tal como as desta época!
