Durante quatro dias o Complexo Municipal de Ginástica na Maia acolheu um milhar de atletas e muitos dos títulos foram portugueses
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A 19.º edição do MIAC – Maia International Acro Cup chegou ao fim num autêntico ambiente de festa. Ao quarto e último dia de competição, o Complexo Municipal de Ginástica na Maia acolheu as finais e consagrou os melhores ginastas em prova.
O Acro Clube da Maia (ACM), organizador do evento e reconhecidamente uma das maiores escolas de acrobática do Mundo, alcançou vários primeiros lugares, desde logo o par feminino sénior, formado por Beatriz Carneiro e Inês Faria, num ótimo lançamento para a participação da dupla na Taça do Mundo, que terá lugar em Puurs (Bélgica), no próximo fim de semana.
Do ACM, também o par misto Rita Faria e Tiago Lagorsse foram os melhores na sua categoria, numa corrida mais apertada pela vitória, com apenas uma diferença de 0.240 pontos face aos segundos classificados, Madalena Francisco e Bruno Asseiceiro, do Oeste Clube de Ginástica.
No escalão júnior de elite, destaque para o trio feminino suíço formado por Alma Fazlic, Lena Bienko e Zoé Krim, da seleção nacional helvética, ganharam a medalha de ouro, deixando o trio da casa formado por Rita Machado, Leonor Filhote e Margarida Duarte no 2.º lugar, a apenas 0.250 pontos.
O diretor técnico da prova e do ACM, Lourenço França, mostrou-se satisfeito por mais uma edição de sucesso, que saltou a fronteira da vertente desportiva.
“O MIAC foi uma celebração da festa que é a ginástica, ou o desporto, quando encarado como deve ser: um meio para mostrar o melhor do ser humano. Houve competição, houve batalha, houve esforço e superação, mas não houve vencedores e perdedores. Durante quatro dias houve apenas um milhar de jovens a dar o seu melhor num ambiente eletrizante, alegre, divertido e, sobretudo, salutar. São organizações destas, com o espírito do MIAC, que fazem falta aos nossos jovens. O 19.º MIAC foi mesmo um evento especial. Inovador, exigente, duríssimo para organizadores e participantes, mas que ninguém queria que acabasse”, afirmou.
Uma das grandes novidades deste ano foi a realização de uma nova categoria denominada ‘Acrobattle’. A intenção era a de permitir que os ginastas pudessem escolher os seus grupos, interclubes, colocando à prova todas as potencialidades dos participantes num registo mais de diversão. O que foi plenamente conseguido.
“Foi um dos momentos altos pelo dinamismo e pela energia que deu a quem participou e a quem assistiu. Ficaram muitas promessas de participação na próxima edição”, acrescentou Lourenço França, recordando que, apesar da diversão, havia um prémio monetário de cinco mil euros, do bolo total de 12 mil euros de toda a competição.
José Carlos Ribeiro, presidente do ACM, também sublinhou a comunhão de todos os envolvidos, dentro e fora da arena, mesmo com uma condicionante que pouco ou nada se refletiu no desfecho.
“Havia o receio inicial de, na ausência da Taça do Mundo, pudesse haver uma diminuição no número de participantes e da qualidade da prova, mas nada disto se verificou. Muito pelo contrário. Já a pensar na próxima edição, temos a certeza que quem veio voltará e, por isso, enfrentaremos um desafio muito maior pelo número de participantes, pois todos os que saíram da Maia levam consigo uma experiência única, que vão passar a outros e que quererão repetir. Foram, são e serão muito bem-vindos ao MIAC’26, a histórica meta do 20.º aniversário desta competição emblemática”.
O MIAC, em 2026, contabilizará 20 anos, por isso terá uma edição especial, que deve guardar já no seu calendário: de 4 a 8 de março, a Maia voltará a ser a capital mundial da ginástica acrobática. A não perder!