Meia-maratona de Lisboa, agendada para 19 de março, vai contar com a "melhor elite feminina de sempre", garantiu Carlos Móia.
Corpo do artigo
A meia-maratona de Lisboa, agendada para 19 de março, vai contar com a "melhor elite feminina de sempre", na qual figuram a duas campeãs olímpicas, disse o presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia. "Vamos ter a melhor elite de sempre na vertente feminina. Nunca tivemos uma elite como a que vamos ter este ano", afirmou Carlos Móia, considerando que no setor masculino a prova também será muito forte.
Na prova portuguesa vão marcar presença a queniana Jemina Jelagat Sumgong, campeã olímpica da maratona nos Jogos Olímpicos Rio2016, a sua compatriota Vivian Cheruyot, atual campeã olímpica dos 5.000 e 10.000 metros, e a etíope Mare Dibaba, todas com marcas abaixo de uma hora e oito minutos.
A meia-maratona de Lisboa, que atravessará a ponte 25 de Abril, contará também com a presença da vencedora do ano passado, a etíope Ruti Aga, e da vencedora da meia-maratona de Portugal, que se disputa em outubro, a também etíope Genet Yalew
Entre as portuguesas, estão confirmadas as presenças de Ana Dulce Félix, vice-campeã europeia dos 10.000 metros, e Jéssica Augusto, medalha de bronze na meia-maratona nos europeus de 2016.
A prova contará também com a presença das estónias Leila e Lily Luik, que, em agosto, juntamente com a irmã Liina, se tornaram nas primeiras trigémeas a participar em Jogos Olímpicos.
No setor masculino, a prova contará com três atletas com marcas abaixo da hora, nomeadamente o eritreu Nguse Amloson (59.39 minutos) -- vencedor da meia-maratona de Portugal em 2016 -- e os quenianos James Wangari Mwangi (59.07) e Simon Cheprot (59.20).
Portugal estará representado na prova de elite por nomes como Hermano Ferreira, Rui Pedro Silva, José Moreira, Ricardo Ribas e Rui Teixeira.
O grande ausente será o britânico de origem somali Mo Farah, bicampeão olímpico dos 5.000 e 10.000 metros, que decidiu não participar por receio de eventuais problemas no regresso aos Estados Unidos, onde vive, devido à nova legislação sobre imigração, imposta pelo presidente Donald Trump.
"Mo Farah não virá, enfrenta vários problemas devido à nova legislação, parece que tudo se vai resolver, mas existiam complicações quando estávamos a negociar e ele decidiu não vir", explicou Carlos Móia.
O atleta, que venceu a meia-maratona de Lisboa em 2015, está a estagiar em altitude na Etiópia, e já manifestou a sua preocupação em relação ao regresso aos EUA, depois de Donald Trump ter decidido impedir a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos, entre os quais a Somália.
Carlos Móia admite que a queda de recordes do mundo na meia-maratona de Lisboa "depende daquilo que os atletas pretenderem fazer". "Se vierem só treinar ou ver a sua forma física, dificilmente se baterão recordes, se vierem decididos a batê-los, pode acontecer", disse o presidente do Maratona, admitindo que num futuro próximo "haverá um grande prémio para que sejam batidos recordes em Lisboa".
Segundo a organização, estão já inscritos 20.000 atletas, dos quais 4.000 estrangeiros, na mini e meia-maratona de Lisboa.