Um grupo de 70 médicos pediu ao Governo britânico o fim das placagens nos escalões de formação do râguebi, alegando existir um elevado e sério risco de lesão.
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"A maior parte das lesões no râguebi teve origem num contacto ou num choque, semelhante a uma placagem", pode ler-se na carta que o grupo de médicos enviou o Governo.
Baseados em estudos científicos, os médicos escreveram ainda: "Estas lesões, que incluem fraturas, lesões ligamentares, deslocamento do ombro (...) podem ter consequências a curto prazo para as crianças, ou mesmo durante toda a sua vida".
A carta adverte também para os perigos de concussão cerebral e vai mais longe dizendo que "foi estabelecida uma ligação entre as comoções cerebrais recorrentes e problemas cognitivos associados à depressão, perda de memória e uma diminuição das capacidades de expressão".
Os signatários do documento defendem a prática do "râguebi de toque" (o adversário pode ser neutralizado com um simples toque no corpo) ou do râguebi sem contacto. Na Grã-Bretanha, muitas escolas oferecem râguebi aos alunos entre os 11 e os 18 anos.
Vários jogadores e antigos jogadores reagira contra a missiva do grupo de médicos. "Não penso que seja possível jogar râguebi sem placagens. Ou então não é râguebi", reagiu o médio de abertura irlandês Jonathan Sexton.
"Não vamos deixar que estes 70 peritos ocupem o terreno. 70 são muito menos do que os milhares de pessoas que conhecem verdadeiramente os benefícios do râguebi", publicou no Twitter o internacional inglês Richard Wigglesworth.