Rui Oliveira, único português em prova, estreou-se com um 65.º lugar na classificação, a 7.26 minutos do vencedor holandês
Corpo do artigo
Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix) venceu, este domingo, a Volta à Flandres, somando o primeiro "monumento' da carreira, num dia marcado pela colisão do francês Julian Alaphilippe (Deceuninck-QuickStep) com uma mota da organização.
O ciclista de 25 anos, o primeiro a ganhar um "monumento' por uma equipa de fora do WorldTour desde 2013, cumpriu os 243,3 quilómetros entre Antuérpia e Oudenaarde, este ano sem o famoso "Muur', em 5:43.17 horas, batendo sobre a meta o rival belga Wout van Aert (Jumbo-Visma), segundo, com o norueguês Alexander Kristoff (UAE Emirates) em terceiro lugar, a oito segundos.
O único português a pedalar Rui Oliveira, estreou-se numa prova "favorita", como admitiu hoje nas redes sociais, com um 65.º lugar, a 7.26 minutos do vencedor.
A "Ronde', uma de cinco clássicas consideradas "monumento' (além da Milão-Sanremo, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège e Volta à Lombardia), prometia um choque entre dois rivais desde os juniores, Van der Poel e Van Aert, e cumpriu: o holandês levou a melhor sobre o belga, somando uma primeira grande vitória numa rivalidade que já vem de outras disciplinas do ciclismo.
Van Der Poel, de resto, "brilhou' onde o pai, Adrie, já o tinha feito, 34 anos antes, confirmando o favoritismo e ultrapassou tudo, do "pavé' (uma secção de estrada empedrada, ou com paralelos) às principais dificuldades do dia, para bater um Van Aert, que tinha tido que "sofrer" para se juntar a ele e a Alaphilippe na frente, já depois de uma queda inofensiva, a mais de 100 quilómetros da meta.
Quanto ao embate do campeão do mundo com uma mota da organização retirou Alaphilippe da luta pela vitória, que foi disputada a dois em frente a um pelotão no qual Kristoff se evidenciou no "sprint' pelo último lugar do pódio.
Alaphilippe, por seu lado, vai ser submetido a uma cirurgia na segunda-feira devido à fratura no pulso direito, em consequência da queda