Marque: "Não queria correr com a amarela, mas meteram-nos um pouco de medo"
Declarações de Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), líder da geral individual da Volta, no final da sexta etapa
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A amarela: "Não queria correr com a amarela. Penso que era um sinal de respeito pelo camisola amarela, neste caso o Daniel Freitas [afastado devido à covid-19]. O que acontece é que nos colocaram um pouco de medo pelos temas disciplinares e não queríamos correr o risco de ser penalizados com tempo ou de outra maneira. Eu já tinha colocado os dorsais na minha camisola, o abastecimento, tive de tirar tudo, quase cheguei atrasado à partida. A única homenagem que podia fazer era por o nome na camisola."
Sobre Daniel Freitas: "Ele tem de estar de consciência tranquila, porque só o facto ter conseguido a camisola amarela para a Rádio Popular-Boavista passado 15 anos é um grande feito. Tem de estar contente em casa. A covid-19 está aí, amanhã pode acontecer-me a mim e não sair. Quero enviar-lhe um abraço e a todos na Rádio Popular-Boavista e muita força neste momento difícil, porque há todo um trabalho que vai água abaixo por causa desta situação. É complicado gerir."
Ataques: "Sabemos que a partir de agora nos vão atacar e endurecer a corrida. Nós também sabemos que podemos perder a camisola estes dias, que seria o normal. Estaríamos dispostos a perdê-la se não perdemos as opções na geral. Como se viu hoje, não nos interessa impor um ritmo muito forte quando há margem [na geral para os fugitivos]. Também há que "deixar comer" o resto, não sermos tão ambiciosos. Temos de correr da maneira que nos convém a nós".