<br/> Ciclista está confiante depois do quinto posto na Brugge-De Panne, o melhor resultado de sempre em clássicas World Tour da Le Col
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Maria Martins vai estar amanhã presente na clássica belga Gent-Wevelgem. Na Flandres Ocidental, a ciclista quererá privilegiar o treino para a Paris-Roubaix.
"Gent-Wevelgem, Através da Flandres, Volta a Flandres são provas mais difíceis para mim, têm subidas duras, mas são corridas míticas. O meu grande objetivo do ano é a Paris-Roubaix, de abril. É um dos objetivos. Estou satisfeita com a minha forma. Não tenho estabelecido lutar por um lugar específico, mas seria perfeito se conseguisse fazer melhor do que no ano passado", lembra, a O JOGO, Tata, que foi 19.ª na estreia da prova em Roubaix no feminino em 2021.
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Maria Martins está em grande forma, pois a meio da semana foi quinta na Brugge-De Panne. "É especial ver o meu nome nas dez mais dessa corrida, atrás da campeã do mundo, Elisa Balsamo [Trek], ou da sprinter Lorena Wiebes [DSM]. Não era eu que estava prevista sprintar, mas adaptámos o plano porque a nossa líder ficou mal colocada e ficou para trás. Foi muito importante para mim o resultado, mas para a equipa também, pois é o melhor de sempre da equipa numa clássica World Tour", revelou quanto à Le Col-Wahoo, ex-Drops, onde se diz feliz, revelando que, para já, o quinto posto em De Panne não fez com que a campeã nacional lusa se sinta mais no radar do World Tour: "Quero agradecer pelas oportunidades que me têm dado. Tenho contrato até 2023 e gosto do projeto. Não tenho qualquer problema com isso. Senti o peso da responsabilidade em De Panne, agarrei um bom resultado e foi feita uma grande aproximação à meta por parte da minha equipa. Devo agradecer o que têm feito por mim e estou contente aqui. Não senti o interesse por parte de outras equipas para já".
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A evolução no ciclismo feminino é notória. Mais provas, pelotões com mais atletas e também melhores prémios monetários, valores decisivos para que as mulheres prossigam na modalidade porque, muitas vezes, correm com salários que não permitem viver apenas da modalidade. "Recebi 1600 euros de prémio pelo quinto lugar. Esse valor era o prémio do ano passado para a vencedora. Estão, felizmente, a reduzir-se as diferenças para os homens", conclui Tata Martins a O JOGO.