MASSIVE CRASH FOR BEZ AND @marcmarquez93 Thankfully both are walking away #IndonesianGP pic.twitter.com/hqM7sKqVV0
- MotoGP™ (@MotoGP) October 5, 2025
Depois de assegurado matematicamente o título na prova anterior, no Japão, Marc Márquez partia sem pressão mas, logo na primeira volta, foi abalroado pelo italiano Marc Bezzecchi
Corpo do artigo
O espanhol Fermin Aldeguer (Ducati) tornou-se este domingo no segundo mais novo da história a vencer uma corrida de MotoGP, ao triunfar no Grande Prémio da Indonésia, 18.ª ronda da temporada, com Miguel Oliveira (Yamaha) em 11.º.
Oliveira, que largou do 10.º lugar, cortou a meta a 19,769 segundos de Aldeguer, que aos 20 anos e 183 dias deixou o compatriota Pedro Acosta (KTM) no segundo lugar, a 6,987 segundos, e o também espanhol Alex Márquez (Ducati) em terceiro, a 7,896, garantindo já o campeonato de pilotos independentes.
Este foi o 27.º pódio totalmente espanhol na história da categoria rainha do Mundial de Velocidade, numa prova marcada pelo acidente do também espanhol Marc Márquez (Ducati), logo na primeira volta.
Depois de assegurado matematicamente o título na prova anterior, no Japão, Marc Márquez partia sem pressão mas, logo na primeira volta, foi abalroado pelo italiano Marc Bezzecchi (Aprilia), que saíra da pole position mas fez um mau arranque.
Márquez acabou a rebolar pelo solo e sofreu uma contusão no ombro direito. Encaminhado à clínica do circuito, ficou a suspeita de ter sofrido uma fratura, no mesmo braço que tinha sido operado quatro vezes desde 2020.
"Não sei como teria sido a corrida porque só fiz cinco ou seis curvas, mas estou triste porque tenho uma lesão na minha clavícula direita, ainda que tenha sido um incidente de corrida", começou por explicar aos jornalistas.
Bezzecchi aproximou-se de Márquez ainda na escapatória, para se desculpar pelo incidente.
"Aceito as suas desculpas. Estas coisas acontecem", sublinhou.
Sem aquele que tinha sido o principal dominador do fim de semana, Bezzecchi, e sem o líder do campeonato, Márquez, a corrida tornou-se uma das mais competitivas dos últimos anos, com muitas trocas de posições entre os pilotos da frente.
Miguel Oliveira também arrancou mal e perdeu cinco posições. No final da primeira volta já tinha recuperado para 12.º, ficando entalado atrás do companheiro de equipa, o australiano Jack Miller (Yamaha), apesar de, nessa altura, até ser o piloto mais rápido em pista.
No entanto, só conseguiria desenvencilhar-se de Miller quando o australiano caiu, mas já nas voltas finais, numa altura em que já tinha sido envolvido pelas Ducati de Fábio DiGiannantonio e Franco Morbidelli.
Na frente, Pedro Acosta começou por ser o primeiro líder mas Aldeguer, que no sábado tinha perdido a vitória na corrida sprint na última volta, entendeu que hoje era o seu dia, até porque era a última oportunidade de ser o segundo mais novo de sempre a vencer. O recorde continua a ser de Marc Márquez, que ganhou com 20 anos e 63 dias.
O piloto que substituiu precisamente Marc Márquez na Gresini foi decidido, cavando uma distância que roçou os 10 segundos de vantagem.
Atrás de si as escaramuças foram intensas, com vários pilotos a rodarem pelos lugares de pódio, como Acosta, Alex Rins (Yamaha), Luca Marini (Honda) ou Raul Fernandez (Aprilia).
No final, acabou por ser Acosta a garantir o segundo lugar, seguido de Alex Márquez.
Desde o GP da Estíria de 2021, com Jorge Martin (o atual campeão falhou esta prova devido a lesão) que um estreante não vencia uma prova da categoria rainha.
"A corrida pareceu-me muito longa mas senti-me bem desde o início", frisou Fermin Aldeguer.
Com estes resultados, Marc Márquez manteve os 545 pontos, com Alex Márquez a ser segundo, a 183. Francesco Bagnaia (Ducati), que desistiu devido a queda quando era último, é terceiro, com 274.
Miguel Oliveira mantém o 21.º lugar, agora com 32 pontos, a dois do 20.º (Jorge Martin), depois de no sábado ter ainda beneficiado de uma penalização de Luca Marini para somar um ponto na corrida sprint.
Segue-se o GP da Austrália, de 17 a 19 de outubro.