Ethan Hayter vem da pista e passou de sprinter a corredor de provas de uma semana. Os patrões acham que pode chegar ao nível de Roglic.
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Ethan Hayter ganhou a segunda etapa em linha da Volta à Romandia e assumiu a camisola de líder da prova suíça. O britânico de 24 anos continua a cavalgar na sua ascensão e é, cada vez mais, um trunfo para a equipa somar vitórias.
Numa altura em que não conta com os voltistas dominadores, relembrando os sucessos no Tour de Bradley Wiggins, Chris Froome (4), Geraint Thomas (1) e Egan Bernal (1), a Ineos tem a urgência de encontrar novos voltistas. Hayter vem da pista e lá celebrizou-se pela capacidade de resistir nos esforços individuais. Campeão mundial no omnium e na perseguição coletiva, Hayter domou a arte do contrarrelógio na pista e finaliza como poucos. A prata olímpica em Tóquio no Madison com Matthew Walls corroborou a aposta de longa data da Federação britânica e fê-lo crescer na hierarquia da Ineos, onde entrou em 2019.
É a polivalência do atleta de 24 anos que faz com que a equipa, que procura um novo britânico a ganhar o Tour, que dá motivação. Na Romandia passou as curtas montanhas e sprintou para a vitória. Vai com 18 triunfos desde setembro de 2020 e é um dos mais ganhadores, mesmo que não pareça, na Ineos. É comparado a Roglic, craque da Jumbo e que a Ineos tentou contratar no último defeso, porque passa as colinas e mete a mudança acima para celebrar na meta. Passou com distinção nas provas de uma semana e ganhou na Noruega (2021) e na Polónia (2022), já perdeu peso para superar as montanhas mais longas e tem feito o caminho que outros voltistas realizaram dentro da equipa, com Wiggins a ser o caso mais evidente.
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