Kevin Magnussen: "Bolos é com a minha mãe, em corrida espero ganhar ao meu pai"
Dinamarquês trocou a Fórmula 1 pelo Mundial de Resistência com a Peugeot, tem o sonho de ganhar as 24 Horas de Le Mans e apresentou-se de forma curiosa
Corpo do artigo
Kevin Magnussen debateu números com os seus novos colegas da Peugeot, percebeu-se depois que estavam a discutir temperaturas para fazer biscoitos no forno e acabou a confessar: "Tive de perguntar à minha mãe. Bolos são com ela". Foi uma forma inédita de o dinamarquês de 28 anos apresentar o seu futuro de carreira, com o construtor francês no Mundial de Resistência, onde provavelmente irá encontrar... o pai.
"Não me parece provável que isso aconteça. Eu ganho", respondeu, perante a possibilidade de discutir o triunfo em Le Mans com Jan Magnussen, que aos 47 anos continua a correr, mas na classe GTE Am, a mais lenta. Kevin Magnussen, que deixou a Haas e terminou uma carreira de sete anos na Fórmula 1 - passou ainda por McLaren e Renault -, vai alinhar em 2022 com um Hypercar da Peugeot, a nova categoria rainha, e tenciona vencer.
"As 24 Horas de Le Mans são a maior corrida do mundo, aquela que todos querem ganhar. Espero ajudar a Peugeot a fazer mais história", disse, explicando que "a decisão de integrar a Peugeot não foi difícil, pelos seus sucessos em Le Mans e no automobilismo em geral".
Quanto ao seu pai, transmitiu-lhe a paixão. "Ele correu de Le Mans durante mais de 20 anos. Acompanhei sempre as corridas e já lá estive várias vezes. Era um dos meus sonhos participar um dia e não poderia pensar numa maneira melhor de o fazer do que com a Peugeot. Quero ganhar Le Mans, é o meu objetivo e a minha ambição", garante.
"Em sete anos na F1 aprendi a trabalhar com carros muito complexos, mas também a viver num ambiente de muita pressão. Nesse aspeto estou preparado para o novo capítulo", explicou ainda o piloto dinamarquês, que se estreou na Resistência há duas semanas, fazendo as 24 Horas de Daytona. "Gostei muito de Daytona. Era tudo novo para mim. Muito trânsito na pista, isso foi totalmente novo. O desafio foi habituar-me a isso, mas também a trabalhar com outros pilotos", completou.
Estando inscrito no campeonato americano de resistência com um Cadillac da Chip Ganassi, Magnussen vai ser este ano um dos rivais de Filipe Albuquerque - foi quinto em Daytona, onde o português venceu - enquanto espera pelo desenvolvimento do Hypercar da Peugeot, que só estará em pista no outono, para se estrear na época de 2022.