Piloto espanhol da Prima Pramac está na luta pelo título de MotoGP, mas hoje foi 10.º no GP do Catar e está agora a 21 pontos de Bagnaia. Culpou os pneus que lhe forneceram para o mau desempenho na corrida, depois de no sábado ter vencido a corrida sprint.
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Jorge Martín foi apenas 10.º classificado no Grande Prémio do Catar, este domingo, depois de ter "voado" na corrida sprint de sábado, que venceu. E responsabilizou a Michelin, marca que fornece os pneus.
"A certa altura comecei a rir, porque eles [adversários] não me ganharam na pista, porque com as mesmas condições, estou confiante de que podia ter vencido. Também estou frustrado, porque acho que também mereço este campeonato e perdi-o em grande parte hoje", afirmou após a corrida o espanhol da Prima Pramac Racing.
"É difícil de entender. Parece que hoje desaprendi a pilotar. Acho que deu para ver logo no arranque, quando o pneu traseiro começou a patinar, era quase como uma pedra. Normalmente isto acontece quando a pista está suja. Não era o caso, porque estávamos na grelha e só acontece quando o pneu tem umas 30 voltas, o que também não era o caso. Por isso é fácil perceberem o que aconteceu. A partir desse momento tentei gerir um pouco, mas sentia que ia cair a cada curva. É pena que um campeonato assim, depois de uma época fantástica, a trabalhar no duro... sinto que eles me roubaram, porque acho que podia ganhar", atirou, embora defendendo que não acredita ter sido propositada a colocação dos pneus de pior qualidade.
"Não acho que eles queiram decidir o campeonato. Eles querem ser competitivos, espero e acredito que eles queiram as mesmas condições para nós, mas perdi 1,5 segundos de ritmo num dia. Não acho que me tenha esquecido de pilotar. Acho que eles têm de melhorar e analisar porque é que isto aconteceu para que não volte a acontecer no futuro, e espero poder lutar por mais campeonatos no futuro, mas hoje sinto-me um pouco perdido, porque agora é mais difícil", explicou.
Ainda assim, e estando a 21 pontos de Francesco Bagnaia, Jorge Martín não vai deitar a toalha ao chão, com uma corrida para o fim do Mundial. "Acho que ainda podemos conseguir. Vamos chegar a Valência e ver se conseguimos ser competitivos. É uma pista de que gosto muito e onde já fui muito rápido no passado. Veremos, é fácil recuperar pontos hoje em dia, como vimos hoje. Se ganhar as duas corridas em Valência posso ter uma pequena hipótese de ganhar, mas agora a questão é saber se este pneu mudou o meu caminho para o título, porque acho que hoje era capaz de recuperar pontos", justificou.