No Europeu, que se realiza entre 19 de janeiro e 6 de fevereiro, Portugal atual campeão europeu e mundial de futsal, vai integrar o grupo A, com os Países Baixos, país organizador, Ucrânia e Sérvia, que garantiu o apuramento em novembro, ao afastar a Bielorrússia no apuramento por play-off. Jorge Braz <a href="https://www.ojogo.pt/modalidades/futsal/noticias/direto-jorge-braz-divulga-os-convocados-de-portugal-para-o-europeu-de-futsal-14451490.html" target="_blank">divulgou esta quinta-feira os convocados.</a>
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Palavra para os não convocados: "Gente de qualidade, de enorme competência, com muito valor humano, mas que também é sinal do trabalho que temos vindo a fazer na valorização do jogador português. Felizmente, o selecionador nacional tem cada vez mais dores de cabeça".
Elaboração da convocatória: "Para mim foi das mais difíceis, ainda bem para o futsal português. Existem muitas opções, no Mundial foram 16. É normal que iriam haver campeões do mundo que não iriam estar. É um excelente sinal haver esta dificuldade. Do ponto de vista humano lamentamos muito a ausência de pessoas que nos são muito queridas, mas acima de tudo são jogadores de enorme competência. Se estivessem cá, a confiança é total, como é total nestes 14 que escolhemos e que são a equipa ideal para a competição que se avizinha".
Assume favoritismo de Portugal? "Portugal é claro candidato, favoritos há vários, como sempre. Toda a gente recorda muito bem a dificuldade de quase todos os jogos do Mundial. O Europeu será certamente igual ou ainda mais difícil até pela forma como olham para nós. Somos candidatos, queremos olhar muito para nós e para o que queremos continuar a fazer. Se fizermos o que temos feito e se formos Portugal, seremos candidatos. Não iniciámos esta competição no topo da montanha, iniciamos cá em baixo e vamos ter que a escalar toda. É com essa ambição de chegar lá acima novamente que vamos novamente para este Europeu".
A abordagem, agora sem Ricardinho: "A nossa abordagem sempre foi a mesma. Ser uma equipa altamente competente. O Ricardinho aportava à equipa competências fabulosas, do ponto de vista coletivo. Se olharmos às duas competições que vencemos vocês próprios destacaram uma série de outros jogadores que até se destacaram mais do que o Ricardo. Todos os jogadores vão ter que compreender do que é funcionar coletivamente, o que é sermos Portugal. Ser Portugal significa muita coisa: organização, razão, emoção. E o Ricardo sempre acrescentou todos os colegas. É com esse sentido de equipa que temos de encarar esta competição".
Portugal é alvo a abater? "A melhor forma de abordar o modo como os outros olham para nós é nós olharmos só para nós. Estamos sempre tão preocupados com o que vem de fora. E eu digo sempre: temos que ser competentes internamente, nós, como equipa. Os outros se olham para nós como alvo a abater é porque sabem que temos uma seleção capaz de vencer as grandes competições. É um problema para eles, mais para eles do que para nós. A Sérvia colocou-nos, recentemente, enormes dificuldades, vai colocar muitas dificuldades no primeiro jogo do Europeu, vamos preparar esse jogo, olhando para as nossas competências. Se nos preocuparmos muito com o que dizem os outros e como é que os outros olham para nós, vamos distrair-nos. Temos é que olhar nós, neste momento nós é que somos os campeões do Mundo e da Europa. Temos que perceber o processo e escalar a montanha".
Regresso de Cardinal, ausente no último Mundial e Europeu: "Tem fome de vencer, de marcar golos e de ajudar. Cada vez que iniciámos um estágio ou uma convocatória tem que significar a primeira vez. O Cardinal, com tantas internacionalizações, perdeu dois momentos muito importantes, mas se tem esse sentimento de que esta é como se fosse a primeira vez, é muito bom sinal. Tem que ter ele e todos os jogadores. Encaramos este Europeu com toda a ambição e toda a confiança do mundo".