O selecionador nacional assegurou que Portugal vai apresentar-se no Campeonato da Europa de futsal de 2016 sem receios e muito ambiciosa
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Jorge Braz, selecionador nacional de futsal, fez a antevisão da participação de Portugal em mais um Europeu da modalidade.
"Queremos tentar superar as meias-finais, temos uma equipa ambiciosa, jovem, irreverente, com alguma experiência e temos de pensar dessa forma. Não vamos para lá com receio de nada, temos a oportunidade de competir com os melhores e queremos muito aproveitá-la", afirmou o técnico, em entrevista à agência Lusa.
A equipa das 'quinas', quarta classificada no Euro2014, defronta a Eslovénia, na quinta-feira, e a anfitriã Sérvia, no sábado, no grupo A da competição, na qual aspira reeditar a única presença numa final, que remonta a 2010.
"A responsabilidade é sempre a mesma, estar na fase final é uma obrigação, ainda não falhámos nenhuma. Na fase final, o nível competitivo aumenta, mas nós temos superado as primeiras fases e temos chegado às meias-finais e quartos de final, no último ficámos em quarto e nós queremos sempre melhorar a classificação", frisou.
Jorge Braz assumiu o "foco" nos primeiros jogos, frente a duas equipas "maduras" e cuja valia está "no limite de poder causar alguma surpresa", assim como a ambição: "Queremos passar, queremos vencer estes dois jogos e depois virão as seleções mais fortes. Nessa altura, teremos oportunidade de competir com Espanha e Itália e estamos ansiosos por ter essa oportunidade."
Nem mesmo um possível ambiente hostil frente à seleção anfitriã assusta a equipa lusa, que, segundo o selecionador, também se motiva com isso.
"Uma das últimas qualificações foi na Sérvia, num pavilhão cheio e num jogo decisivo contra a Sérvia. Foi fantástico e, apesar do ambiente adverso, com a qualidade que apresentámos e da forma que jogámos, até conseguimos virar o público a nosso favor", recordou.
Anilton, Vítor Hugo, Tiago Brito, Fábio Cecílio e Fabinho vão cumprir a estreia em fases finais, promovendo uma mescla de juventude e experiência, personalizada em Arnaldo, Ricardinho, Cardinal, Paulinho e Pedro Cary.
"Poderíamos forçar uma aposta em jogadores extremamente experientes, mas acho que era importante fazer a renovação, com cuidado e com jogadores que têm sido preponderantes, até na qualificação para este Campeonato da Europa", explicou Braz, realçando a necessidade de "oportunidade a jogadores jovens e irreverentes, que revelassem competência": "Fomos criando oportunidades, ao longo de dois anos, eles aproveitaram, cresceram e acho que têm mais do que qualidade para enfrentar uma fase final."
Pelo histórico na competição, Rússia, Espanha e Itália são os crónicos favoritos à vitória final, mas isso não reduz a ambição lusa.
"Os favoritos são os que já ganharam o Europeu e nós queremos alterar a lógica, temos uma oportunidade, vamos ver se é vantagem ou desvantagem. Eu acho que é uma vantagem ter esta mistura entre gente experiente, com muito talento e irreverentes", frisou.
O selecionador português admitiu ainda que em ano de Europeu e Mundial gostaria de reeditar o êxito obtido no futebol de praia em 2015, quando a equipa das 'quinas' se sagrou campeã continental e mundial.
"Acho que era importante, julgo que a forma comum, organizada, com qualidade e grande ambição que a federação tem disponibilizado todas as condições possíveis seria muito interessante. Eu brinquei com o [Mário] Narciso, porque tinha iniciado o processo de conquistar um título sénior e que agora só tínhamos de ir atrás. Vamos ver, estamos preparados em melhorar o que temos feito, se melhorarmos temos oportunidade de disputar um jogo que queremos e aí poderemos imitar", rematou.