Renato Garrido, selecionador nacional, diz estar no Luso a corrigir os erros do último Europeu, para em novembro ir à Argentina lutar pela dobradinha
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Renato Garrido, selecionador nacional, está a ultimar no Luso a preparação para um dos maiores desafios da sua carreira: revalidar o título mundial conquistado em 2019, em Barcelona. A 45.ª edição será em San Juan, o que leva a adiantar de imediato que "a Argentina será favorita". A partir de 7 de novembro, e abrindo num grupo com França, Itália e Chile, a missão é "ganhar os jogos todos até à final".
Foi a meio do estágio que as Seleções Nacionais chamaram os jornalistas e o técnico garante ter "os jogadores que irão fazer um grande Mundial", mesmo sabendo que a fase de grupos pode ter complicações: "É difícil e temos o primeiro jogo com a França. Segue-se a Itália. Não esquecemos que perdemos com a França no Europeu. Faremos tudo para terminar o grupo no primeiro lugar e depois será o mata-mata".
"O primeiro jogo será fundamental", alerta Garrido, que há um ano, em Paredes, perdeu a abrir com a França e hipotecou aí o título, até porque os gauleses combinaram com a Espanha para afastar Portugal da final.
"Ficamos tristes com o que aconteceu e assumimos as culpas próprias. Tiramos as ilações possíveis. O que posso dizer é que estamos a treinar para que o Mundial seja diferente", garante o selecionador, que apesar de tudo aprecia a evolução dos gauleses: "Já acompanho esta equipa desde o Europeu de sub-17. Conhecem o campeonato português, que a maioria joga ou jogou cá, e têm qualidade. Além de características muito próprias, como aproveitar os nossos erros para jogar em contra-ataque. Tendo jogadores de estatura elevada, são uma equipa diferente e difícil de contrariar".
Portugal tem João Souto, de 30 anos, como novidade numa equipa de "trintões", mas Garrido vê nisso uma virtude: "Estão em idade ótima. Têm experiência e no hóquei existe maior longevidade. Estão em grande momento, se calhar no ponto máximo das suas carreiras, e apenas têm de desfrutar disto. Divertirem-se é importante, que a competição... eles sabem como é".