"João Sousa tinha todo o país atrás dele e sentiu-o desde o início da semana"
O tenista norte-americano entre a tristeza da derrota e a satisfação por João Sousa.
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Frances Tiafoe assumiu este domingo, em conferência de imprensa, o misto de sentimentos no balanço da sua prestação no Estoril Open, depois de ter perdido a final de singulares (6-4, 6-4) para o português João Sousa.
Entre a dualidade causada pela tristeza da final perdida e a satisfação pela vitória de "um dos tenistas mais simpáticos do circuito", o jovem americano, de apenas 20 anos, reconheceu ter ficado comovido com a emoção do número um nacional, depois de conseguir o feito de vencer pela primeira vez o torneio ATP em Portugal.
"Sei o quão importante isto era para o João [Sousa]. Teria sido algo grande para mim também, se tivesse vencido, mas ele tinha todo o país atrás dele e sentiu-o desde o início da semana. Ele jogou demasiado bem, tinha o público do lado dele e foi difícil para mim. Esteve bem e fico feliz por ele, sempre foi simpático comigo", confidenciou.
Frances Tiafoe descreveu ainda o tenista natural de Guimarães, de 29 anos, como um dos "trabalhadores mais exigentes" do circuito e explicou que não conseguiu exibir-se ao nível dos anteriores jogos ao longo da semana, nomeadamente com um desempenho muito pior no posicionamento no court.
"Não me senti assim tão bem, não estive tão bem no trabalho de pés. Não joguei como fiz ao longo da semana e ele aproveitou e jogou como quis durante toda a partida. Ele jogou bem do princípio ao fim, só consegui ganhar algumas bolas perto do final, mas não fui capaz de o pressionar", afirmou.
Por fim, o atual 64.º da hierarquia mundial reiterou a sua esperança de atingir durante 2018 o top-30 do ranking ATP, tendo sublinhado que já está "numa boa posição" neste momento. O futuro imediato passa agora pelo Masters 1000 de Roma, em que Tiafoe referiu esperar dar continuidade ao "melhor ano" da carreira.