João Almeida: "Se tudo correr bem, não faltarão ofertas. Não estou preocupado"
A Deceuninck-Quick Step procura patrocinadores para 2022 e, tendo o belga Remco Evenepoel como estrela, a prioridade é segurá-lo, tal como aos classicómanos que dão vitórias. A equipa belga sempre foi o sonho de João Almeida, mas é hoje cobiçado pelo pelotão inteiro. Sem o futuro decidido, assume a O JOGO que "as oportunidades" são para agarrar.
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O patrão elogiou-o, mas disse que o João possivelmente ia sair. Está à procura de outro projeto?
-Não estou focado nisso. Tenho estado ocupado com a preparação das corridas e agora do Giro. Deixo isso para o meu empresário. Pensarei no melhor para mim. Tenho contrato até final deste ano e estou focado na Quick Step. Não tenho contrato para o ano que vem, mas a verdade é que só penso evoluir e estar na frente nas corridas. Se as coisas correrem bem, ofertas não faltarão. Não estou preocupado.
Com a época que está a fazer, sente que pode procurar o contrato de uma vida, compensador em termos monetários e desportivos?
-Há essa possibilidade e quando aparecem boas oportunidades deves agarrá-las.
Em Portugal tem havido críticas aos seus colegas quando o João lidera. Sente-se sem apoio?
-Algumas vezes, as críticas à equipa são injustas e maldosas. Quando os grupos ficam com dez ciclistas, que são os melhores trepadores do mundo, é normal ficar sem colegas. À exceção da Ineos, com um orçamento incrível para contratar gregários, poucos têm corredores da equipa lá. E ir na roda de um colega não faz quase diferença na montanha. O nível está muito elevado. Tenho muitos anos pela frente.
É neste momento sexto no ranking mundial. Terminar o ano no top-10 é um objetivo?
-O ranking mostra que consigo ser regular e ter bons resultados. É um bom indicador de consistência. O facto de estar no top-10 revela que tenho discutido corridas e, sendo difícil, espero terminar dentro dessas posições.
A vontade óbvia de ir aos Jogos
Como mudou o plano da época, indo ao Giro ao invés da Vuelta, João Almeida acabará a maior meta da época a 30 de maio. Terá, em teoria, tempo para recuperar e estar nos Jogos Olímpicos, que terão corridas a 24 e 28 de julho. Como Portugal só tem duas vagas para a prova de estrada, e uma delas tem de ser a escolha para o contrarrelógio, a decisão de José Poeira é difícil.
Está nos planos da época ir a Tóquio?
-Sei que faço parte do programa da Seleção Nacional, tal como o Nélson Oliveira (Movistar), o Rui Costa (UAE) e o Rúben Guerreiro (EF). Não sabemos os convocados. Obviamente que gostava de ir e vou trabalhar para estar bem nessa fase da época. Acho que seria mesmo o ideal ir ao Giro e fazer preparação para os Jogos. O Remco Evenepoel também pensa nisso.
Tinha a Volta a Espanha marcada. Essa corrida ainda está na agenda?
-Não sei todo o longo prazo, as corridas futuras, mas penso que, de Grandes Voltas, só farei o Giro.
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