Israelitas continuam sem poder competir nos Mundiais de ginástica artística
Os ginastas israelitas continuam sem poder participar nos Mundiais de ginástica artística na Indonésia, que têm início no domingo, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter rejeitado uma das providências cautelares apresentadas por Israel
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Após a recusa na sexta-feira do governo indonésio em permitir a entrada de ginastas israelitas no território, a Federação de Israel apresentou junto do TAS um primeiro recurso a pedir a anulação da decisão da Federação internacional de ginástica, em conformidade com a decisão do país asiático.
Num segundo recurso, já apresentado na segunda-feira, os israelitas apelaram ao TAS que ordenasse a FIG para tomar as medidas necessárias à participação dos seus ginastas, admitindo que se transferisse para outro país ou se anulassem os Mundiais.
A FIG declarou, entretanto, não ter competências para interferir na concessão de vistos de entrada na Indonésia e que, por isso, a recusa deste país está fora da sua jurisdição.
O TAS anunciou ter recusado dois pedidos de medidas urgentes, mantendo-se um outro em curso, com a Federação israelita (IFG) a argumentar que os estatutos da Federação Internacional exigem a tomada de posição do seu Comité executivo em caso de recusa de vistos a atletas.
De acordo com a IFG, a recusa da Indonésia constitui "uma negação de justiça, criando uma situação de discriminação contra uma federação membro".
O governo indonésio defende que o veto a seis ginastas israelitas enquadra-se nos princípios básicos da sua política externa, que se pauta pela ausência de relações diplomáticas ou contactos com Israel, enquanto o país não reconheça a Palestina como estado soberano.
Nos mundiais de ginástica artística em Jacarta deveria participar o israelita Artem Dolgophyat, campeão mundial em 2023 e campeão olímpico em Tóquio'2020.