Lewis Hamilton e Sebastian Vettel somam quatro Mundiais cada, são de novo os favoritos e podem igualar os cinco do mítico argentino. Michael Schumacher ainda reina, com sete campeonatos
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O Mundial de Fórmula 1, que teve os primeiros treinos esta madrugada e se inicia pelas 6h00 de domingo, na Austrália, promete ser um dos mais competitivos dos últimos anos e tem como fator acrescido de atração a possibilidade de um mito ser igualado. Lewis Hamilton, em Mercedes, e Sebastian Vettel, em Ferrari, voltam a ser os favoritos à conquista do título, eles que já têm quatro cada e podem igualar os cinco do argentino Juan Manuel Fangio, que festejou o último em 1957.
Mas o campeonato deste ano promete ter mais candidatos do que os anteriores. Se em 2017 a Ferrari já deu mostras de, em alguns circuitos, estar em condições de bater os Mercedes, este ano esperam-se também melhorias na Red Bull e eventualmente na McLaren, que trocou de fornecedor de motores: empurrou a Honda para a Toro Rosso e ficou com a Renault, que já deu quatro títulos à equipa das bebidas energéticas.
O campeonato terá como fator acrescido de dificuldade um calendário mais extenso (21 provas), e o regulamento fica marcado pela adoção de um novo sistema de segurança que promete mexer com os nervos dos pilotos e dos adeptos: o halo. Trata-se de um aro de proteção montado acima do habitáculo, que dificulta a visão e tem um efeito estético unanimemente criticado. A sua adoção provocou um aumento regulamentar do peso dos carros em seis quilos, embora se estime que o halo pese cerca de 14 kg, pelo que têm sido os pilotos a perder peso, com as implicações que isso poderá ter na sua força e resistência.
Se o calendário foi ligeiramente revisto, com duas entradas e uma saída, crescendo para 21 provas, a grande questão é que, adicionalmente, o regulamento reduziu a três os motores que cada piloto pode utilizar ao longo da época sem sofrer uma penalização, contra os quatro do ano passado. Com menos um motor e mais uma prova, a fiabilidade, que já no ano passado fora dos fatores decisivos, por as penalizações implicarem a perda de posições na grelha de partida, ganhou uma importância ainda superior.
Em caso de entrada do safety car em pista durante uma prova, as corridas também passam a ser reatadas com os carros alinhados na grelha - um método que recua ao século passado -, de acordo com as posições que ocupavam no momento da paragem mas sem os pneus novos. Poderá ser uma forma de aumentar a emoção.
A Pirelli, que se mantém como fornecedora de pneumáticos, disponibiliza mais duas borrachas, uma de composto ainda mais macio e outra de composto mais duro. Os novos ultramacios podem permitir ganhos de cerca de um segundo por volta a carros que já eram considerados os mais velozes de sempre, pelo que teremos novos recordes.