GP Beiras: percurso duro e mau tempo na luta pela sucessão a Jesus del Pino
Percurso duro e condições atmosféricas adversas devem marcar a terceira edição do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela.
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Um percurso duro e condições atmosféricas adversas devem marcar a terceira edição do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, de sexta-feira a domingo, no qual o espanhol Jesus del Pino (Efapel) irá defender o triunfo de 2017. A prova, que leva pela primeira vez esta temporada o pelotão nacional ao ponto mais alto de Portugal continental, disputa-se este ano mais cedo e poderá ser afetada pelas más condições atmosféricas -- frio, chuva e possibilidade de neve. A Efapel, que ganhou as duas primeiras edições, vai apresentar na sua equipa Jesus del Pino, vencedor em 2017, e Sérgio Paulinho.
As principais equipas portuguesas são as principais candidatas a vencer a prova, com W52-FC Porto e Sporting-Tavira, que terá Joni Brandão, o primeiro vencedor do GP das Beiras, a juntarem-se à equipa de Lousa como favoritas.
Também a Aviludo-Louletano, a ter um excelente início de temporada, coroado pela vitória de Luís Mendonça na Volta ao Alentejo, poderá ter uma palavra a dizer em especial pelo espanhol Vicente Garcia de Mateos, melhor representante das equipas portuguesas na Volta ao Algarve.
Rádio Popular-Boavista e Vito-Feirense-Blackjack também poderão intrometer-se na luta pelo triunfo, algo que será mais complicado para Liberty Seguros-Carglass, Miranda-Mortágua e LA Alumínios, as restantes equipas continentais lusas.
Entre as equipas estrangeiras presentes, as profissionais continentais Burgos-BH, sem José Mendes, Rally Cycling e Manzana-Postobon, de Ricardo Vilela, deverão apresentar as melhores equipas, ao contrário da Caja Rural.
A Lokosphinx, que já venceu três vezes este ano em Portugal, sempre por Dmitry Strakhov (Clássica da Arrábida e duas etapas na Volta ao Alentejo, também será, em princípio uma das animadoras da prova, depois de em 2017 ter visto Alexander Evtushenko, vencedor da montanha na 'Alentejana', liderar até à derradeira etapa.
Java Partizan, Massi-Kuwait e Star-Gusto completam o lote de equipas que vão participar no III GP Beiras, que, mais uma vez, não será propício para sprinters, com contagens de montanha em todas as etapas.
Na sexta-feira, os ciclistas vão ultrapassar os primeiros 176,8 quilómetros da prova, entre Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo.
Apesar de ser a mais calma das três etapas, esta ligação promete fazer alguns estragos, com três contagens de montanha de terceira categoria, a última a menos de seis quilómetros da meta.
A etapa mais longa corre-se no sábado, com o pelotão a ter de percorrer 194,2 quilómetros, entre Sabugal e Seia, em mais uma etapa de constante sobe e desce.
Serão quatro as contagens de montanha, todas de segunda categoria, a terem de ser ultrapassadas, embora a derradeira esteja colocada a pouco menos de 30 quilómetros da chegada a Seia.
As decisões devem estar marcadas para domingo, com a passagem pela Torre (primeira categoria), na Serra da Estrela, logo 56 quilómetros a seguir à partida em Gouveia.
A outra dificuldade do dia estará na chegada à Guarda, 168,2 quilómetros após a partida, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria.
Importantes poderão ser também as bonificações de tempo, com dez, seis e quatro segundos para os primeiros classificados de cada etapa, além de três, dois e um segundos nas metas volantes.