Entrada de Hadjar na Racing Bulls sobe os estreantes para cinco, máximo desde 2010, havendo ainda um Lawson inexperiente. Antes da renovação dos carros, chegou a dos pilotos. A próxima época de Fórmula 1, a iniciar a 16 de março, na Austrália, terá cinco caras novas, uma enormidade depois de anos de poucas mexidas.
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A Racing Bulls confirmou ontem que o francês Isack Hadjar, de 20 anos, e segundo na Fórmula 2, irá ocupar o lugar de Liam Lawson, que foi promovido à Red Bull. Como o neozelandês de 22 anos fez as últimas seis corridas da época e em 2023 tivera mais cinco, não pode ser considerado na lista de rookies, que mesmo assim é a maior desde 2010: além de Hajdar, a Fórmula 1 vai contar com Oliver Bearman (Haas), Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), Jack Doohan (Alpine) e Gabriel Bortoleto (Stake-Sauber), este o atual campeão da F2 e primeiro brasileiro desde a saída, em 2017, de Felipe Massa.
Em 2010, último ano de muitos estreantes, o quinteto que entrou não deixou saudades e só Nico Hulkenberg fez carreira, sendo hoje um dos três veteranos (37 anos), juntamente com Fernando Alonso (43) e Lewis Hamilton (39), que colocam a média etária nos 26,5 anos, tendo a grelha sete pilotos com idades sub-23.
“É a hora de uma mudança geracional. Os pilotos mais jovens têm mais fome do que quem tem esposa, dois filhos e 30 ou 40 milhões no banco. Até Enzo Ferrari dizia que os pilotos ficam mais lentos quando têm filhos”, contou Flavio Briatore, atual conselheiro da Alpine e o dirigente que lançou Michael Schumacher, à “Auto Motor und Sport”, considerando que “a ascensão de Piastri fez todos pensarem”. “Os jovens estão mais bem treinados e a pressão competitiva é maior. Na F2 podem ser primeiro hoje e 14.º amanhã”, completou.
As muitas mudanças, depois de vários anos de poucas estreias, não surgem agora por acaso. As equipas querem dar experiência aos novatos antes das mudanças de regras em 2026, ano em que Audi (no lugar da Sauber) e Cadillac vão entrar na grelha. Apesar disso, cinco rookies não são recorde: em 1994, época em que um total de 51 pilotos conduziram 28 carros, estrearam-se 14, estando entre eles David Coulthard e Jos Verstappen, este o pai do tetracampeão Max.
Colapinto e Bottas de reserva
O argentino Franco Colapinto chegou a ser dos pilotos mais pretendidos, depois de ter obtido um oitavo lugar no Azerbaijão, com um Williams, mas o valor que a escuderia britânica pediu por ele deixou-o sem equipa. Substituído por Carlos Sainz, será o piloto de testes do Williams para 2026 e funcionará como reserva, o mesmo papel de Valtteri Bottas na Mercedes, à qual regressou.
Magnussen, Pérez e Zhou de fora
O mexicano Sérgio Pérez, de 34 anos, anunciou um ano sabático depois da dispensa por parte da Red Bull, o chinês Zhou Guanyu estará a tentar um lugar como piloto de reserva da Ferrari e o dinamarquês Kevin Magnussen disse pela segunda vez adeus à Fórmula 1, rumando de novo às corridas de resistência, agora com a BMW e podendo correr Mundial (WEC) e IMSA.