Fórmula 1 tem compromisso com organizadores nacionais e os de Xangai querem recuperar a sua vaga, apesar do recorde de covid. Stefano Domenicali, CEO do Fórmula 1 Group, tem uma decisão difícil para tomar nos próximos dias: organizar a corrida de 16 de abril no Autódromo do Algarve ou aceitar o regresso de Xangai.
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A Liberty Media, detentora dos direitos do Mundial de Fórmula 1, ficou com um problema difícil de resolver depois de as autoridades chinesas terem comunicado, na passada semana, estarem de novo disponíveis para organizar a corrida que esteve prevista para 16 de abril, em Xangai, e foi retirada do calendário devido às restrições existentes no país, na luta contra a covid-19. A F1 tinha entretanto recebido as garantias financeiras do Governo português e o contrato para oficializar a corrida no Autódromo do Algarve estará pronto para o CEO do F1 Group, Stefano Domenicali, assinar.
A China aliviou as restrições para a entrada de estrangeiros - que arriscavam uma quarentena - no domingo e quer recuperar a corrida como um sinal da reabertura do país. Para a F1, ausente da China desde 2019 e interessada num dos maiores mercados mundiais, a opção seria evidente, não fosse um outro problema: as infeções no território chinês continuam a aumentar, superaram anteontem pela primeira vez os recordes de fevereiro de 2020, quando a epidemia se iniciou em Wuhan, e a pior das soluções seria voltar a aceitar ir a Xangai e o país fechar de novo.
Portugal vai ter de esperar pacientemente, sendo certo que a decisão final não poderá tardar. As equipas, tendo o GP da Austrália a 2 de abril e o do Azerbaijão a 30 do mesmo mês, precisam de saber para onde transportar o seu material. Sendo que ainda existe a solução salomónica, a de não se fazer a corrida de 16 de abril.
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