"Fiquei a dever um jantar ao Fernando Santos. O míster fez questão de me lembrar"
Jorge Braz levou Portugal ao título mundial
Rui Manuel Ferreira/Global imagens
ENTREVISTA, PARTE II - Jorge Braz tinha dito a O JOGO que iria pagar um café ao selecionador de futebol para conversarem, mas o engenheiro cobrou um jantar. As restantes modalidades de pavilhão também estão convidadas
A defesa do Europeu começa em janeiro e o selecionador avisa: é preciso fazer o "dobro ou o triplo". Fernando Gomes quer a liderança no ranking mundial masculino e feminino.
Sabe que para o ano, provavelmente vai ser eleito outra vez o melhor selecionador do mundo...
-Logo se vê [risos]. Se estou a contar? Pelo que conquistámos, é natural que possa ganhar. Já vencemos a melhor seleção do mundo, de certeza que vamos ter esses reconhecimentos individuais porque nós temos os melhores.
Já sabe quando é que vai pagar o café ao Fernando Santos?
-Vou ter que lhe pagar o jantar. O míster fez questão de me lembrar isso quando cheguei à Cidade do Futebol. Disse-me logo para não me esquecer do jantar. Mas não é só ao míster, é a ele, ao Hugo Silva (selecionador de voleibol), ao Paulo Pereira (andebol), ao Renato Garrido (hóquei em patins) e ao Mário Gomes (basquetebol). Recebi constantemente mensagens deles. Temos um espírito fantástico. Das primeiras pessoas a quem liguei e a quem agradeci foi ao Renato Garrido e brincámos porque ele sabia como era ganhar uma final de um Mundial à Argentina. Ainda brincámos e disse-lhe "estive para te ligar antes para me explicares como se ganha".
Será um restaurante de carne ou de peixe?
-Já estamos um bocado velhos, tem que ser peixe para ser menos pesado.
Daqui a três meses há um título europeu para defender...
-Há... e se estivermos envaidecidos porque neste momento somos campeões da Europa e do mundo vamos tropeçar. Temos que fazer o dobro ou o triplo. O presidente da FPF colocou, como objetivo deste último mandato, Portugal ser líder do ranking mundial masculino e feminino. Ainda não estamos lá, mesmo com o título mundial não vamos conseguir chegar lá. Se voltarmos a ser campeões da Europa, vamos bater lá para cima. E se as meninas forem campeãs da Europa, também é meio caminho andado.
O leque para alterações na convocatória para o Europeu fica muito fechado depois deste desempenho no Mundial?
-Não, não, não... de maneira nenhuma. Liguei a todos os jogadores que podiam ter ido ao Mundial e que davam as mesmas condições para sermos campeões. E há muita opção, cada vez mais.
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