Fernando Sá e o percurso "fantástico" do FC Porto: "Não ganhámos rigorosamente nada"
Treinador da equipa de basquetebol analisou o momento por que passa o FC Porto, que é positivo, mas lembrou que “nada está ganho”
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A equipa de basquetebol do FC Porto está a passar uma fase muito boa, tendo na terça-feira, no Dragão Arena, garantido a qualificação para os quartos de final da FIBA Europe Cup - o que consegue pela segunda temporada consecutiva -, ao vencer o alemão Gottingen (82-64).
Treinador dos dragões tem a equipa apurada para os quartos de final da FIBA Europe Cup, está nas finais da Taça de Portugal e da “Hugo dos Santos” e lidera a Liga Betclic. Mas apela à serenidade.
“Não ganhámos rigorosamente nada”, advertiu desde logo o técnico Fernando Sá, a O JOGO. “Igualamos o que fizemos no ano passado nas competições europeias, embora creia que esta é uma prova muito diferente da do ano passado. Está bastante mais forte, com equipas espanholas, turcas, alemãs e francesas, equipas dos melhores campeonatos europeus”, considerou.
“Se me perguntarem de onde vem esta intensidade, eu não sei, mas o trabalho dos nossos preparadores físicos é fundamental e está a ser muito bem feito; o trabalho dos treinadores que estão comigo é inacreditável e tudo é feito em função de tirarmos o maior proveito dos jogadores, com o menor esforço possível, porque a sobrecarga tem sido muito grande, seja em viagens seja em jogos”, salientou o treinador do FC Porto, desde sempre portista assumido e que, como tal, tem toda a propriedade para fazer uma análise mais íntima: “O que eles [jogadores] têm demonstrado, a relação que têm com o público e principalmente a relação entre eles no tempo de treino, revela uma equipa à FC Porto, com a qual me identifico. É algo muito próximo daquilo que vivi aqui enquanto jogador e isso deixa-me bastante satisfeito. Esse caráter é bastante difícil de se trabalhar, ou se tem, ou não se tem, e nós temos um grupo em que, mesmo quem eventualmente não tinha, teve de passar a ter. Este ano não há espaço para jogadores que não estejam envolvidos e focados no que esta casa nos obriga a fazer, que é vencer. É uma casa onde as derrotas têm um peso diferente de outro sítio qualquer”.
O treinador dos azuis e brancos reconheceu que “com momentos melhores e outros piores, até agora tem sido um percurso fantástico”. Mas, sempre de pés bem assentes no chão, insiste que nada está conquistado. “Para já chegamos aos momentos da decisão, garantimos a final-4 da Taça de Portugal, a final-6 da Taça da Liga, provas que queremos vencer. Sabemos que há outras equipas que têm os mesmos objetivos, que também têm plantéis fortes e, nessas alturas, vamos ter de querer vencer muito mais do que eles. Teremos de manter esta postura e esta intensidade que temos revelado e esperemos que estes atletas recebam o que merecem, que é acabar a época com títulos”, terminou.