Português aborda a troca de pilotos na escuderia.
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O português António Félix da Costa assegurou estar de "consciência tranquila" quanto ao seu desempenho na Red Bull, depois de a escuderia ter substituído o russo Daniil Kvyat pelo belga Max Verstappen. À margem da apresentação do canal televisivo Eurosport 2xtra, do qual o piloto cascalense é comentador, Félix da Costa disse recordar sem mágoa o momento em que a Red Bull preferiu integrar o russo na Toro Rosso em detrimento de si.
"Apenas a confirmação do que toda a gente pensou e viu no final de 2013, acho que o [Daniil] Kvyat um piloto muito bom, acho que na altura da polémica, sobre a minha perda do lugar, nunca questionei a sua qualidade. Não era a altura dele e o resultado vê-se três anos depois, talvez por as coisas terem sido feitas prematuramente", afirmou Félix da Costa à agência Lusa.
Ressalvando que a sua relação com a escuderia permanece "muito boa", Félix da Costa disse esperar agora para verificar o desempenho de Verstappen, promovido para a formação principal desde a terceira prova do Mundial, disputada na Rússia.
"Vamos ver agora com o Max, que é de facto muito bom. Não acredito que destrua o [Daniel] Ricciardo, mas pode ser muito bom ou muito mau para a carreira do Max, vamos ver se a Red Bull fez a aposta certa ou não. Quanto a mim, há um relaxamento, porque vejo o que o Kvyat fez, coisas muito boas e outras más, eventualmente por causa da imaturidade e que eu talvez pudesse evitar", admitiu.
Atualmente a disputar o DTM e a Fórmula E, Félix da Costa realçou a sua ambição no campeonato alemão de carros de turismo, que considerou o "mais competitivo do mundo, em que quem fica em último num dia pode ganhar no dia seguinte".
"Se fizesse top5 no campeonato era positivo, quando digo isto tanto pode ser um quinto como um primeiro, o mais importante é termos menos desistências e marcar pontos sempre que possível. Estamos a trabalhar nesse sentido", frisou o piloto, reiterando que o seu futuro passa por este campeonato, ao qual se dedica praticamente a tempo inteiro.
A exceção passa pelo campeonato para carros elétricos, no qual tem oportunidade de defrontar e bater antigos pilotos de Fórmula 1. "Faz-me sentir que se estivesse na Fórmula 1 não era por falta de talento que as coisas não aconteceriam", sublinhou, reconhecendo que esta competição requer pilotos a tempo inteiro e ambicionando, por isso, integrar em 2017 uma equipa mais competitiva para lutar pelo campeonato".