Federação de Andebol de Portugal repudiou declarações sobre a sua situação financeira e lembrou ter todas as contas publicadas.
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A Direção da Federação Portuguesa de Andebol (FAP) publicou hoje uma nota respondendo ao comunicado da candidatura de Artur Monteiro, que já não concorrerá às eleições de 4 de junho, tendo alegado não querer "assumir responsabilidades alheias pela gestão danosa ou negligente de dinheiros públicos", apontando a propósito uma auditoria da Inspeção Geral de Finanças às FAP.
O organismo ainda presidido por Ulisses Pereira, que não se candidatará a novo mandato - a única lista apresentada será liderada por Miguel Laranjeiro -, recorda que todas as contas foram aprovadas e são públicas e que ainda aguarda os resultados da ação inspectiva, sobre a qual já prestou esclarecimentos em Assembleia Geral.
O comunicado da FAP é o seguinte:
"Na sequência de notícias publicadas hoje em diversos órgãos de Comunicação Social, compreendidas na candidatura de Artur Monteiro à presidência da Federação de Andebol de Portugal, para o quadriénio 2016-2020, cumpre à Direcção da Federação informar e esclarecer o seguinte:
1. Repudiam-se as declarações e posições assumidas relativas à situação financeira da Federação, reiterando-se que esta foi e tem sido apresentada, ao longo do mandato que agora finda, de forma clara, integral e transparente a todos os membros e agentes da modalidade, bem como ao público em geral;
2. Recorda-se que o Relatório e contas do exercício de 2015 foi aprovado por unanimidade e aclamação, com voto de louvor à Direcção, na Assembleia Geral realizada no passado dia 2 de Abril de 2016, e amplamente reconhecido o elevado esforço empreendido pela Direcção no decurso do mandato que agora irá findar;
3. No portal da Federação estão integralmente disponíveis e publicitados, para cumprimento do dever legal e contratual de publicitação, o Relatório e Contas do exercício de 2015 [desde o dia 12 de Abril de 2016], a Acta n.º 186/2016 da referida Assembleia Geral de 2 de Abril de 2016 [desde o dia 5 de Maio de 2016], estando ainda publicitado o Parecer do Conselho Fiscal daquele exercício, para além dos documentos de prestação de contas dos exercícios anteriores;
4. No âmbito do Relatório e Contas do exercício de 2015, a fls 30 e 31, é expressamente consagrada, referida e identificada a realização da invocada acção inspectiva, promovida pela entidade competente ali mencionada à Federação, tendo esta exercido, tempestivamente, Contraditório Formal Institucional - aduzindo informações e dados novos, ou complementares, que melhor esclarecem os factos ou pressupostos em que assentaram as conclusões e recomendações do Projecto de Relatório emitido.
5. Tal acção inspectiva corre os seus normais termos, pelo que aguardará a Federação serenamente pelo desenvolvimento ulterior do procedimento, estando os elementos que compõem o mesmo, como sempre estiveram, ao dispor para consulta dos membros/sócios da Federação - tendo sido aliás prestados, no âmbito da referida Assembleia Geral de 2 de Abril de 2016, esclarecimentos adicionais sobre tal procedimento e âmbito do mesmo - conforme consta na Acta 186/2016 que pode ser consultada no portal;
6. Tais declarações são proferidas no decurso e âmbito do período eleitoral estatutariamente aberto, na sequência de convocatória para acto eleitoral a realizar no dia 4 de Junho de 2016 e pretendem colocar gravemente em causa a normalidade de funcionamento e a estabilidade do processo eleitoral em curso, que se deseja decorra com elevação, dignidade e de forma construtiva para a modalidade, sendo a Direcção da Federação alheia à manifesta incapacidade da candidatura mencionada em reunir os apoios/ subscrições mínimas e necessários à apresentação formal de uma candidatura ao acto eleitoral.
A Direção"