Kris Meeke ganhou etapa lusa do Mundial em 2016, foi azarado nos três anos seguintes e volta pela Hyundai Portugal. Pode ser uma surpresa, mas a O JOGO revelou-se modesto.
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Arrancou esta manhã a 56.ª edição do Rali de Portugal, com o Shakedown na pista de Baltar, em Paredes, e à noite abre-se a Porta Férrea de Coimbra, para a cerimónia de partida. Até domingo, a quinta prova do calendário e uma das mais carismáticas do Mundial pode desfazer algum do impressionante equilíbrio que se regista na tabela: Sébastien Ogier está empatado com Elfyn Evans (69 pontos) e outro piloto da Toyota, Kalle Rovanpera, soma 68, tendo o Ford de Ott Tanak 65.
Mas o maior rali nacional não tem apenas os pilotos do WRC. Concluída a oitava especial, sábado ao final da tarde, na Figueira da Foz, fecham também as contas da quarta ronda do Campeonato de Portugal. Entre os seus pilotos haverá um especial, Kris Meeke, de regresso aos ralis europeus para dar continuidade ao legado de Craig Breen, o seu amigo irlandês falecido, há quase um mês, num acidente a preparar o Rali da Croácia.
"Estou aqui porque queria muito, esse é o ponto número um", esclareceu o norte-irlandês a O JOGO, sublinhando que para "estar de volta nestas circunstâncias, e agarrar esta oportunidade, é preciso grande humildade". "Perdemos todos um amigo muito querido e não podemos sentar-nos ao volante de um carro e correr riscos se não quisermos estar lá", amplificou.
Há uma dezena de dias, Meeke ganhou o Terras d"Aboboreira, num carro "totalmente novo", o i20 da Hyundai Portugal, achando Meeke que vai continuar a ter um desafio, "desta vez num traçado muito duro, depois de ganhar um rali pequeno".
Considerando ser "muito bom o regresso ao WRC e ao ambiente dos parques fechados", volvidos quatro anos, Meeke recordará o triunfo em 2016, antes de três edições desastrosas.
"Tenho muito boas memórias de Portugal, é um país agradável e tem um rali com boas especiais", diz, não negando que pode ser uma das surpresas deste ano, se lutar pelos lugares cimeiros do WRC2. "Disso falaremos no domingo. Até lá veremos. Mas quando me sento ao volante é para lutar", garantiu.
No Shakedown, Meeke teve um problema e foi-lhe averbado o tempo de falsa partida, 10 minutos, ficando com a penúltima posição. A penalização não o vai afetar para o rali.
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