Tenista português vai entrar em cena no Estoril Open no top-100 do ranking mundial.
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O tenista Gastão Elias assume que jogar o Estoril Open como top-100 lhe dá uma motivação extra, mas que quer pensar o menos possível no seu feito para concentrar-se no torneio. "Estou a tentar pensar o menos possível [que sou top-100]. Sei que foi um feito inédito na minha carreira e agora estou a tentar concentrar-me", disse aos jornalistas, depois do seu primeiro treino no Clube de Ténis do Estoril (Cascais).
O número 94 da hierarquia ATP negou que o seu novo estatuto lhe confira pressão extra. "De maneira nenhuma. Dá-me muita motivação, dá-me muita confiança. Venho de cinco vitórias consecutivas, acho que só tenho coias positivas a retirar desse novo 'ranking'", defendeu.
Para o número dois nacional, foi uma coincidência engraçada entrar pela primeira vez na lista dos 100 melhores do mundo precisamente quando vai disputar o seu torneio. "A haver uma semana especial, seria esta. Chegar aqui a Portugal e poder disputar o meu primeiro torneio como top-100 deixa-me muito feliz", confessou, lamentando não ter preparado tão bem o torneio quanto gostaria. "Mas foi por boas razões", sublinhou.
Visivelmente cansado, depois de ter travado duras batalhas pelo título do challenger de Turim na última semana, Elias mostrou-se surpreso por saber que terá como espectador, no seu encontro da primeira ronda frente a Paul-Henri Mathieu, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. "Espero que faça um bom jogo e que tenha magia", brincou.
O jovem da Lourinhã vai defrontar o francês, 60.º tenista mundial, na terça-feira, no court central do Clube de Ténis do Estoril. "Já perdi com ele três vezes, mas este vai ser um jogo completamente diferente. Estou a jogar em casa, tenho o apoio do público e estou a jogar pela primeira vez como top-100. Vai ser uma grande motivação para mim", garantiu.
A confiança do mágico, alcunha pela qual é conhecido, advém não só do 94.º posto ATP, mas também das cinco vitórias em Turim. "Não joguei o meu melhor ténis, mas mesmo assim ganhei e isso é positivo. Dá-me confiança saber que mesmo sem estar no meu melhor, tenho oportunidades contra estes jogadores", completou.
Agora, Elias sabe que será difícil manter o seu novo estatuto, uma vez que a sua posição no ranking ainda não lhe permite entrar diretamente nos quadros principais de torneios ATP. "Portanto, ainda vou ter de jogar alguns challengers. Acho que a partir do momento em que se começa a entrar direto nos ATP, que se tem a possibilidade de jogar todas as semanas esses torneios e de conquistar muito mais pontos, fica mais fácil permanecer no top-100. A jogar challengers é complicado", reconheceu.