Cássio, pivô de 34 anos, cumpre a primeira época ao serviço do Futsal Azeméis e e assume que a "camaradagem" é o ponto forte do grupo
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A três jornadas do final da fase regular da Liga Placard, a luta por um passaporte para o play-off de apuramento de campeão continua acesa. Quem parece estar bem encaminhado para carimbar um bilhete para a próxima fase é o Futsal Azeméis, que ocupa o sétimo lugar da tabela. Cássio, pivô de 34 anos da formação oliveirense, não antecipa euforias do desejado apuramento e prefere continuar com os pés bem assentes no chão. "Estamos a fazer uma boa época e o principal objetivo é a permanência na Liga Placard. Foi esse o objetivo proposto pela Direção ,e queremos assegurá-lo o mais rápido possível. O resto vem por acréscimo, mas estamos motivados e vamos ser recompensados. Sinto que o clube está no caminho certo", sublinha o brasileiro, que soma seis golos em 28 jogos disputados esta temporada.
O brasileiro chegou a Oliveira de Azeméis esta época, proveniente do Braga/AAUM, clube que representou durante quatro temporadas e onde inscreveu o nome entre os maiores goleadores da Liga Placard. A mudança era necessária, e quando chegou ao Azeméis reparou logo que se tratava de uma casa diferenciada. "O clube estava muito interessado em mim e eu estava em fim de contrato com o Braga, então, aceitei o desafio. O Azeméis rapidamente se mostrou como um clube interessante e muito humilde. Tem boas condições e as pessoas são muito sérias. A camaradagem é um dos pontos mais fortes desta formação", reforça o pivô.
Para o brasileiro, o principal objetivo é a permanência no escalão maior do futsal português, contudo, admite que o grupo oliveirense está motivado e que a recompensa irá chegar.
Cássio chegou a Portugal em 2010, então 22 anos, e entrou pela porta do Gândara. A vinda, sozinho, foi desafiante e o brasileiro admite agora que precisou de algum tempo para se sentir mais em casa. "Tive de sacrificar muito. Estava a estudar e interrompi a licenciatura para vir para Portugal e seguir o sonho de ser profissional. Deixei a família e os amigos e não foi nada fácil no início. Mas, agora, já não me vejo longe deste país", frisa.
Cássio admite que se inspira num compatriota e aponta os melhores da Liga Placard.
Ferrão é o melhor do mundo
"A Liga Placard está no auge e apresenta-se como uma das melhores ligas do mundo", garante Cássio, que destaca alguns jogadores que têm elevado o nome e o mediatismo da competição. "Temos os melhores do mundo. Na minha opinião, destaco o Alex Merlim, o Robinho e o Guitta. São jogadores como estes que levam os amantes de futsal a ver a modalidade."
A paixão pelo futsal nasceu com Cássio e tem sido embalada por um compatriota, que se tornou na grande referência. "Adoro o Ferrão. Tenho um estilo de jogo muito parecido ao dele. Sou forte fisicamente e tenho qualidade com os pés. Ele é o melhor do mundo", vinca o jogador do Futsal Azeméis.
Com 34 anos e com épocas de grande nível na bagagem, Cássio revela que pensa em pendurar as botas brevemente e admite que, no futuro, ser treinador de futsal não é uma opção. "Apesar de alguns colegas meus insistirem para que continue, sinto que é a minha última época na quadra. Quero dedicar-me ao imobiliário e aos meus negócios. Ser treinador dá muita dor de cabeça e não é uma opção para mim", refere o brasileiro.
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