João Figueiredo levou a equipa de Oliveira de Azeméis àreconquista da Taça Hugo dos Santos, vencendo Sporting, Ovarense e o FC Porto na final
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“Tenho a ilusão que esta conquista vai servir de uma forma construtiva, porque, como devem perceber, todos os anos as condições deterioram-se um pouco naquilo que é a capacidade de recrutamento da equipa. Às vezes, até na organização. Portanto, cada vez estamos muito, mas muito mais longe dos grandes e já não somos diferenciadores em relação àqueles clubes que normalmente ficam abaixo de nós na tabela classificativa”. Foi com este desabado que João Figueiredo, 45 anos, abordou a conquista da Taça Hugo dos Santos, anteontem, em Gondomar, perante o FC Porto, após vitória por 83-78.
“Espero que este trabalho dos jogadores, que foi brutal, tenha um propósito e que esse propósito não caia em vão, ou seja, que o clube veja a potencialidade que tem de ser um grande também no basquetebol e que se organize, saiba aproveitar. É esse o meu desejo e é isso que eu retiro daqui”, continuou o técnico da Oliveirense. “Estas competições são muito rápidas e específicas. Mas nós não nos enganamos, o que podia ter acontecido após ganhar por 30 ao Sporting. A seguir tivemos um jogo duríssimo com a Ovarense, uma equipa que neste momento tem um ou dois jogadores a que nós já não conseguimos chegar no mercado de verão. E depois, na final, o FC Porto, que é uma equipa que está a fazer uma excelente época internamente, que fez uma grande campanha nas competições europeias, tem excelentes treinadores e um grupo de jogadores de elevadíssima qualidade. Foi um bom fim de semana, de facto”, resumiu Figueiredo, natural de Aveiro. “Eu relembro que, como jogador, estava no FC Porto, o meu treinador era o Babo e perdemos a final da Taça Portugal, em Évora, contra o Sá, que era treinador do V. Guimarães, da Proliga. Portanto, estas coisas acontecem”, recordou ainda Figueiredo após a conquista do primeiro troféu como treinador.
Conquista de portugueses
João Figueiredo exaltou o facto de utilizar muitos atletas nacionais. “Somos a equipa que joga com mais jogadores portugueses, não são os da Seleção A, alguns são internacionais, mas por norma são as segundas linhas. O Litos é internacional, mas tem meio dúzia de internacionalizações, o Araújo também já é internacional, o Bessa nunca foi, o JP (João Fernandes) é internacional angolano, é um facto, o Embalô não é internacional, é de formação, é um jovem de 23 anos, o Dionísio é internacional sub-20 e sub-18”, descreveu.