Esgrima já deu medalha nos Jogos Europeus: "Seleção tem vindo a ganhar força"
Aos 20 anos, Miguel Frazão trouxe um foco para o trabalho a ser feito na esgrima nacional, que participa com sete jogadores em Cracóvia'2023: Marta Caride e Luís Macedo, no florete, e cinco na espada, desde logo Maria Alvim, com resultados de relevo em júnior, Fabiana Bonito e o trio masculino
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A seleção portuguesa de esgrima está em fase de evolução, com jogadores muito jovens a evoluir em palcos internacionais, e agora já tem uma prata nos Jogos Europeus Cracóvia'2023, por Miguel Frazão, para mostrar "serviço".
Frazão bateu o irmão, Filipe, quando são os dois orientados pelo pai na seleção, nos quartos-de-final e conquistou uma prata invulgar para a esgrima portuguesa na competição de espada, caindo apenas na final, e até podia ter batido outro português, Max Rod, mas este chegou "apenas" aos quartos, noutra prestação de bom nível.
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Aos 20 anos, Miguel Frazão trouxe um foco para o trabalho a ser feito na esgrima nacional, que participa com sete jogadores em Cracóvia'2023: Marta Caride e Luís Macedo, no florete, e cinco na espada, desde logo Maria Alvim, com resultados de relevo em júnior, Fabiana Bonito e o trio masculino.
Rod e os irmãos Frazão competem ainda no Campeonato da Europa por equipas na Tauron Arena, em Cracóvia, uma vez que os singulares não contaram como Europeu, devido à ausência de Rússia e Bielorrússia.
Deste conjunto, "cinco estão numa média de idades de 21 anos e outros dois são mais experientes", conta à Lusa Nuno Frazão.
"Procura-se sempre os resultados, mas serão sempre uma consequência de cada um deles conseguir jogar o que já é o seu nível conhecido", atira.
Segundo o antigo atleta olímpico, o objetivo para a evolução dos jovens é que possam "levar para a pista o seu real valor, se consigam superar, e saírem de cada competição um pouco mais fortes nesse processo evolutivo".
Em ano de qualificação olímpica para Paris'2024, a prova por equipas já conta para esse "campeonato" e "todos os países estão ao máximo nível", por isso a experiência que podem recolher é também de importância "fundamental".
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"São atletas que têm mostrado que toda a sua evolução vai a caminho de podermos acreditar que esta construção vai fazer deles atletas que se pretende de elite mundial", declara o selecionador.
Apesar de haver ainda "um caminho a percorrer", sobretudo na transição para seniores, estes "estão no bom caminho", a "beber" experiência de rivais "com mais 10, 12, 18 anos do que eles, anos esses repletos de competições e treinos".
À Lusa, Marta Caride nota como a primeira grande experiência integrada numa missão do Comité Olímpico de Portugal, com outras duas centenas de atletas de mais de duas dezenas de modalidades, "dá vontade de continuar a trabalhar e ter motivação", até porque tem já Mundiais de florete e as Universíadas à porta.
Essa ferramenta de aprendizagem, bem como a intensificação da presença internacional, combina com "a dedicação e esforço notórias" destes atletas, cada vez mais "temidos".
"Portugal já tem vários nomes que quando calham numa "poule" deixam os adversários a pensar. É uma seleção que tem vindo a ganhar força e os atletas têm mérito", destaca a estudante de medicina, de 21 anos.
Portugal soma de momento 13 pódios em Cracóvia'2023, nomeadamente três ouros, sete pratas e três bronzes.
A terceira edição dos Jogos Europeus decorre até domingo em Cracóvia e na região polaca de Malopolska, com 30 modalidades no programa e 48 países participantes, entre eles Portugal, que tem uma delegação com mais de duas centenas de atletas.