Empate de Portugal com o Brasil: decisão do VAR foi correta, mas a sua intervenção gerou dúvidas
Árbitras foram chamadas à mesa já depois de o jogo ter terminado, mostrando o cartão vermelho a Alexis Borges e marcando um livre de sete metros
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Portugal empatou com o Brasil, a 28-28, no primeiro jogo do Main Round do Mundial de andebol, sofrendo um golo em livre de sete metros já com o tempo esgotado, numa decisão que gerou dúvidas, inclusive na Seleção Nacional, mas se determinou depois estar correta.
As árbitras francesas Charlotte e Julie Bonaventura, duas gémeas de 42 anos, começaram por atribuir a vitória a Portugal, mas foram depois chamadas pelo delegado, para analisar o último lance no videoárbitro.
As imagens não deixaram dúvidas sobre uma falta de Alexis Borges contra o brasileiro Hugo Monta da Silva, não cumprindo a regra que o obrigava a estar a três metros de distância na cobrança de um livre, sendo as regras claras nessas situações:
"Quando se comete uma das faltas elencadas nas Regras 8:5 e 8:6, e esta acontece durante o último minuto de jogo, com o propósito de impedir um golo, a ação faltosa deve ser considerada como 'conduta antidesportiva extremamente grave' e ser sancionada de acordo com a Regra 8:10d", dita o regulamento, com esta última regra a indicar que quando um jogador "impede a equipa com posse de bola de efetuar um remate à baliza ou obter uma clara ocasião de golo, o jogador ou oficial da equipa infratora é desqualificado conforme as regras correspondentes e é concedido um livre de 7 metros a favor da equipa com posse de bola".
Sendo as regras claras, a dúvida existiu em relação à ação da mesa, ao intervir estando o jogo já terminado. Mas provou-se depois estar a atuação do delegado prevista na lei, pelo que não existia motivo para um protesto português.
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