José Manuel Constantino, presidente do COP, reagiu à decisão do governo em permitir a competição das modalidades coletivas de pavilhão
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O Governo aprovou, esta quinta-feira, a abertura das atividades desportivas que ainda estavam encerradas, em consequência das restrições impostas devido à pandemia, confirmando o reatamento competitivo das modalidades coletivas de pavilhão, sem a presença de público.
Na sequência dessa decisão, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), reagiu, em declarações a O JOGO: "É a possibilidade de retomar num contexto não de normalidade, mas que se aproxima já da normalidade, atendendo a que as competições desportivas passam a ser permitidas, ainda que sem público, o que é compreensível. É uma medida positiva para o desporto português."
Questionado sobre os próximos passos a dar pelo organismo que dirige, José Manuel Constantino foi claro: "Vamos estar sempre dependentes da evolução da situação pandémica. Vamos partir do princípio que não há agravamento e que não há necessidade de retroceder nas medidas adotadas e que, num prazo relativamente curto, seja possível também permitir a presença de público, provavelmente numa fase inicial ainda de uma forma muito reduzida."
Olhando para as vantagens em relação à preparação olímpica, o presidente do COP adiantou: "Sobretudo para o andebol, que estava muito limitado na sua preparação desportiva. Está por disputar o seu apuramento olímpico, precisa de treinar, nesse sentido é uma medida positiva. Na maioria dos casos das outras modalidades, a preparação já tinha sido retomada. Agora há aqui um aspeto que é essencial, que é a retoma do quadro competitivo internacional, o que permite aos nossos atletas em preparação olímpica poderem lutar pelos seus apuramentos e, aqueles que já conseguiram, poderem testar a sua forma e os seus adversários. É necessário que se junta a possibilidade de poder treinar à possibilidade de poder competir no quadro internacional. Essa já não é uma responsabilidade do governo, que fez tudo o que estava ao seu alcance, de libertar as condicionantes que existiam relativamente às competições, sobretudo às de modalidades coletivas em espaços fechados. Isso passa a ser possível, o treino também, o meu desejo é que não haja necessidade de retroceder nestas medidas."
O apelo a apoios já deixados em diversos momentos pelas federações são, de acordo com o dirigente, "para a atividade desportiva das federações, para que possam acudir as situações do tecido desportivo de base, os clubes de base, esses sim nalguns casos com a sua sustentabilidade e sobrevivência em causa com a paralisação. É essencial que se acuda a essa situação, dotando as federações desportivas."
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