
Novak Djokovic
Getty Images via AFP
Após Cristiano Ronaldo, o comunicador Piers Morgan convidou Novak Djokovic para a série de entrevistas com os que acha melhores de todos os tempos. Sérvio recordou os prejuízos por recusar a vacina.
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Um excerto da conversa de Novak Djokovic, de 38 anos, veio a público e com duras críticas ao sistema que o castigou, ao não aceitar, em 2022, a vacina contra o Covid-19, sendo punido com a expulsão de Melbourne e a proibição de entrar nos EUA. Percebendo a oportunidade de comparar o que lhe aconteceu com o caso de doping de Jannik Sinner, de 23 anos, recordou que o italiano "chegou a um acordo com a Agência Mundial Antidopagem para cumprir uma suspensão de três meses, após ganhar o Open da Austrália, no passado mês de janeiro".
Na altura número um do ranking ATP, Sinner testou positivo duas vezes ao clostebol, em março, e Djokovic denunciou os inúmeros "sinais de alerta" e o facto de a suspensão ocorrer antes de Roland Garros, pois "fez com que não perdesse pontos, algo muito bizarro". "Foi muito estranho. Ouvimos outros tenistas do circuito ATP e WTA queixarem-se de tratamento preferencial. Quero acreditar nele; acho que não fez de propósito, mas é o responsável", disse.
Sem se deter, e debitando carisma por todos os poros, Nole atirou: "Houve atletas suspensos durante anos por casos semelhantes, enquanto o Jannik só apanha três meses". Recorrendo à experiência e ao rótulo de mal amado durante a batalha do Big-3, considera que Sinner "está a lidar com a tempestade mediática com muita maturidade e compostura, o que não é fácil, mas este episódio vai assombrá-lo toda a carreira, como aconteceu comigo". "Conheço o Sinner desde que tinha 14 anos. Sempre gostei dele. Fiquei chocado, e sinto muita empatia e compaixão", confessou.
Ontem, em Turim, Sinner ganhou ao alemão Zverev, 6-4 e 6-3, em mais uma exibição de excelência, qualificando-se para as meias-finais das ATP Finals e mantendo-se na luta pela liderança do ranking de final de ano com o espanhol Carlos Alcaraz.
