"Depois do período conturbado do ciclismo português, todos ganhamos com esta Volta"
José Azevedo, diretor-desportivo da Efapel Cycling, diz que o resultado final não traduz o trabalho da sua equipa e responde aos críticos
Corpo do artigo
O diretor-desportivo da Efapel Cycling, José Azevedo, teve o sexto lugar final de Henrique Casimiro como melhor resultado, mas lembra a O JOGO que "estivemos na luta pela vitória até ao último dia" e destacou a imagem projetada pelo grande equilíbrio da Volta a Portugal.
Balanço da Volta a Portugal para a Efapel Cycling
"Considero que o sexto lugar final não reflete a prestação da nossa equipa. Pelo comportamento que a Efapel teve, merecíamos mais. Estivemos na luta pela vitória até ao último dia, a equipa teve um excelente comportamento e assumimos as nossas pretensões, viu-se na etapa da Guarda, na do Larouco e sobretudo na da Senhora da Graça, em que o trabalho da equipa levou o Henrique Casimiro ao segundo lugar. Ele fez uma Volta excelente, mas no contrarrelógio não conseguiu um rendimento ao mesmo nível. E isto porque, mesmo não sendo um especialista, o pódio era possível."
As acusações de a tática da Efapel ter ajudado o suíço a manter a amarela
"Tento evitar as polémicas, mas essa análise foi má intencionada. A Efapel não corre para ser só a melhor das equipas portuguesas, nem contra ninguém em especial. Respeitamos todas as equipas, desde a mais favorita até à mais modesta. A nossa ambição na etapa da Senhora da Graça era ganhar a Volta e corremos para isso. Tínhamos três homens na fuga para ajudar o Henrique Casimiro no Barreiro, ele isolou-se a deixou ficar alguns dos rivais. Juntaram-se todos a seguir, mas mantivemos o ritmo alto, pois na Graça poderíamos fazer diferenças. Como o Casimiro conseguiu fazer. A interpretação correta é olhar para essa etapa, ver que ele estava em quinto e subiu a segundo da geral. Estava na luta pela conquista da Volta e chegou ao contrarrelógio na melhor posição possível."
16894634
As dificuldades para destronar Colin Stussi
"O suíço demonstrou no contrarrelógio que era muito difícil tirar-lhe o lugar. Foi o corredor mais forte e um vencedor justo. Esteve sempre na frente nas etapas de montanha, foi segundo na Torre e ganhou no Larouco. Na Senhora da Graça, quando atacamos a corrida e ficou um grupo de quatro, ele teve a coragem de impor o ritmo."
O reflexo de ganhar uma equipa estrangeira
"Todos ganhamos com esta Volta. O ciclismo português vinha de um período conturbado e a edição anterior não era o melhor exemplo. Esta foi uma Volta equilibrada, competitiva, um bom espetáculo. O ciclismo é isto! Dando-se uma boa imagem todos são beneficiados, independentemente de quem ganhou ou perdeu a corrida."