Carlos Sainz passou para a frente do Dakar, enquanto o português Carlos Sousa reentrou nos 20 primeiros.
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O espanhol Carlos Sainz (Peugeot) é o novo líder do 40.º Rali Dakar, depois de este sábado ter vencido a sétima etapa nos carros e de o francês Stephane Peterhansel (Peugeot) ter perdido quase duas horas por problemas mecânicos.
O espanhol, que antes do início da etapa era segundo da geral, a 27m10s do colega de equipa Peterhansel, completou os 413 quilómetros cronometrados da especial em 4h49m26s, conquistando a segunda etapa consecutiva.
O 'Senhor Dakar', bicampeão em título e 13 vezes vencedor da prova, perdeu uma hora e 45 minutos quando ficou parado ao quilómetro 186, enquanto resolvia problemas na suspensão.
A etapa deste sábado era de 'maratona', o que significa que os pilotos não podiam receber assistência mecânica até ao final do dia. O colega de equipa e compatriota Cyril Despres, já arredado da corrida pela vitória, parou para ajudar Peterhansel.
Num dia marcado pelo mau tempo, com a lama a dificultar o caminho, e pela altitude, com grande parte da etapa decorrida a mais de 3700 metros de altitude, Sainz, que era já o único piloto capaz de ameaçar a liderança do 'Senhor Dakar', saiu com uma grande vitória.
Além do afastamento de Peterhansel, o rival mais próximo, o catari Nasser Al-Attiyah (Toyota), hoje terceiro, está a 1h11m29s de distância, com o sul-africano Giniel de Villiers (Toyota) no quarto lugar, a 1h20m54s, depois de ter sido segundo na etapa.
O anterior líder é agora terceiro, a 1h20m46s, e terá pela frente, na etapa de domingo, o derradeiro exame ao Peugeot antes de poder ser assistido.
Vencedor em 2010, Sainz tem agora uma vantagem confortável para gerir em relação a Al-Attiyah, campeão em 2011 e 2015, e a Villiers, que triunfou em 2009.
O português Carlos Sousa (Renault Duster) recuperou dos problemas que o fizeram perder tempo na sexta-feira, terminando a tirada em 23.º e entrando de novo no top 20 da geral, para o 19.º posto, a 11h26m13s de Sainz.
Nas motos, o espanhol Joan Barreda continuou a recuperação na tabela, ao vencer a sétima etapa, mas sofreu uma lesão no joelho esquerdo, no último troço da etapa, e pode ter comprometido de novo as aspirações à vitória final.
O espanhol completou a especial do dia em 5h11m10s, seguido do francês Adrien van Beveren (Yamaha), que retomou a liderança, por troca com o argentino Kevin Benavides (Honda), que foi terceiro.
Barreda subiu ao terceiro lugar da geral com a terceira vitória em sete etapas, estando agora a 4m45s de Beveren, mas a lesão pode ainda obrigá-lo a desistir.
O único português ainda em prova é Fausto Mota (Tesla-Tamega Rally), que este sábado foi 43.º na etapa, tendo subido mais de 10 posições, para o 44.º posto da geral.
No domingo, os corredores voltam a encontrar-se com o mau tempo e as dificuldades da altitude na chegada à cidade boliviana de Tupiza, com 498 quilómetros cronometrados de um total de 585.
Em Tupiza, os carros poderão ser assistidos pelos mecânicos, pelo que Carlos Sainz, agora a grande aposta da Peugeot para ganhar o último Dakar da marca, deve preservar o carro e gerir a vantagem.