Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu prolongar até "nova avaliação" as medidas provisórias adotadas contra a Rússia, decretadas em julho na sequência da revelação do sistema de dopagem organizado.
Corpo do artigo
O Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu prolongar até "nova avaliação" as medidas provisórias adotadas contra a Rússia, decretadas em julho na sequência da revelação do sistema de dopagem organizado com cunho estatal no desporto nacional.
A decisão foi tomada esta quinta-feira pelo Comité Executivo do COI antes da publicação, na sexta-feira, da versão final do relatório McLaren, uma encomenda da Agência Mundial Antidopagem (AMA) que revelou que durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi2014 os laboratórios de Moscovo e da própria cidade-sede encobriram o uso de substâncias dopantes por parte dos atletas do país anfitrião e que levou à exclusão de numerosos desportistas russos dos Jogos Olímpicos Rio2016.
"O Comité Executivo do COI [...] decidiu prolongar até nova avaliação as medidas provisórias tomadas contra a Rússia a 19 de julho", anunciou a entidade em comunicado.
A 19 de julho, um dia depois da publicação do relatório, o órgão do COI reuniu de emergência e precisou de não daria o seu apoio a qualquer evento desportivo organizado pela Rússia e que não atribuiria acreditações para os seus eventos a qualquer individuo citado nos documentos.
A nota, hoje publicada, recorda que as alegações incluídas no relatório McLaren são "um ataque fundamental contra a integridade do COI" e sublinha que adotará "as medidas apropriadas e sanções" relacionadas com os Jogos Olímpicos, em caso de necessidade.
O relatório McLaren demonstrou a existência de um sistema de dopagem sistemático organizado pelo Estado russo, com o apoio ativo dos serviços secretos, de 2011 a 2015, em 30 desportos.
O documento refere que o programa "à prova de falhas" foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.