Opinião de Ricardo Nascimento
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Há um fenómeno transversal nos campos de futebol juvenil, pavilhões de futsal, ringues de hóquei e piscinas de natação: a figura do pai (ou mãe) treinador de bancada, com vocação para selecionador nacional e pulmões de megafone. São os pais que gritam mais do que o treinador, discutem mais do que o árbitro e vivem o jogo como se o olheiro do Real Madrid estivesse ali - escondido atrás do treinador dos infantis.
É compreensível que os pais tenham orgulho e expectativas. E que façam sacrifícios: levantam-se cedo ao fim de semana, aguentam frio, chuva e bifanas duras para ver o filho jogar 12 minutos... e ir para o banco. Mas há uma linha que separa o apoio saudável da pressão sufocante - e muitos atravessam essa linha com os pitons levantados.