"Claro que fiquei triste. Fiquei sentido. Eram, provavelmente, os meus últimos Jogos"
Em 2020, Rui Costa fazia o reconhecimento do percurso de Tóquio; em 2021 ficou de fora. "Sentido", mas a desejar o melhor.
Corpo do artigo
Em 2020, Rui Costa fez, com Nelson Oliveira, os reconhecimentos ao percurso da prova olímpica de sábado, que diz ser "favorável" às suas características: "Ficar de fora dos Jogos custou. Sou um atleta que, quando veste a camisola de Portugal, se transcende. São vários anos a pensar nos Jogos, mas respeito a decisão do selecionador, por achar que o João Almeida e o Nelson são os mais eficazes. Desejo-lhes sorte. Felizmente o Tour correu bem, mas claro que fiquei triste. Fiquei sentido. Eram, provavelmente, os meus últimos Jogos", afirmou em entrevista a O JOGO.
O poveiro desmente ainda rivalidades com João Almeida: "Não temos coincidido muito em competições, mas partilhamos empresário [João Correia]. Sei que é um atleta fora de série, que tem números fora do normal e terá muitas equipas interessadas nos seus serviços", vincou.
O fenómeno é também um cubo de gelo
Rui Costa não tem dúvidas de que Tadej Pogacar (na foto) é, aos 22 anos, um ciclista distinto, que não se enerva independentemente do que vai acontecendo. "É um fenómeno, um fora de série. É muito tranquilo, não se amedronta com nada. Não se chateia. É fora do normal, já tive vários lideres e muitos companheiros e nunca vi nada semelhante. Tem imenso talento e vai ouvir-se falar muito dele no futuro", garante, acreditando que o esloveno pode vencer cinco Voltas a França: "É possível. É um atleta que quer muito. Destaca-se pela força de vontade, de querer sempre mais."