Licenciada em Educação Social e a tirar mestrado em Administração de Organizações Educativas, a ala do Novasemente foi uma das portuguesas que esteve presente no Campeonato da Europa de futsal feminino. Apesar de o desfecho, a ambição mantém-se inabalável
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Apaixonada pelo futsal desde tenra idade, Carolina Rocha foi uma das internacionais portuguesas presentes no último Campeonato da Europa de futsal feminino. O sonho de levantar o mais desejado troféu caiu por terra no encontro da meia-final frente à Espanha, seleção que tinha vencido as duas edições anteriores, precisamente diante de Portugal.
Ainda assim, a ala, de 23 anos, acredita que a Seleção Nacional ainda pode ser feliz no futuro. "Queríamos a medalha de ouro. Foi um momento difícil, mas que acima de tudo sirva de aprendizagem para aquilo que podemos melhorar no futuro. O sonho não acabou nem vai acabar enquanto não conquistarmos o que ambicionamos", começou por dizer a jogadora do Novasemente que salientou a diferença de realidades entre as duas seleções.
"Ainda bem que existem adversárias como a seleção espanhola, que são fantásticas, são quase todas profissionais, uma realidade que ainda não existe em Portugal. O choque de realidade vai-se notando, se calhar agora até mais do que nunca. Tivemos cinco jogos com a Espanha, nos últimos seis meses, e perdemos os cinco. São realidades diferentes, estas pessoas preparam-se de uma forma, nós preparamos de outra, com outras condições. Aqui, a vida não pode ser só futsal, infelizmente", atirou.
Em 2016, Carolina foi convocada para a Seleção Nacional sub-19. Seis anos depois, estreou-se na equipa principal. "Fiquei muito feliz, mas não estava mesmo, mesmo nada à espera, já tinha férias marcadas na altura e tudo. Para a minha família também foi o auge da felicidade. Foi um momento marcante para eles", partilhou.
Licenciada em Educação Social, e a tirar o mestrado em Administração de Organizações Educativas, a internacional portuguesa pretende continuar a conciliar o melhor dos dois mundos. "É só uma questão de organização e empenho e as coisas vão fluindo. Enquanto conseguir conciliar o melhor dos dois mundos, perfeito. Não pretendo sair do futsal tão cedo, mas também não pretendo abdicar de estudar ou trabalhar. É tentar conciliar os dois durante um máximo de tempo possível", desejou.
No Novasemente há seis épocas, o balanço é positivo. "Os primeiros três anos foram uma fase de adaptação e de procurar encaixar aquilo que podia dar no meio daquele leque de jogadoras tão boas. Agora, estes últimos anos, acho que já conquistei o meu espaço. Continuamos sempre nas grandes competições, nas fases finais, e isso traz uma bagagem cheia de experiência e de coisas boas. Acho que tem sido um clube que me tem proporcionado oportunidades boas, inclusive ao nível de Seleção", rematou deixando um desejo: "O objetivo que é ganhar todos os jogos até ao final do campeonato e, depois, nos play-offs fazer o melhor possível".
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