O presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, assumiu este domingo a frustração pelos tempos da prova feminina na meia-maratona de Lisboa, que ficaram aquém das expectativas de um potencial recorde e do lote de atletas presentes.
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Em declarações prestadas na conferência de imprensa após a corrida, que terminou com o triunfo da etíope Mare Dibaba (1:09.43) e do neozelandês Jake Robertson (1:00.01), o organizador da 27.ª edição da meia-maratona considerou que o tempo alcançado no setor feminino "não é digno" da competição lisboeta.
"O calor acabou por ter alguma influência nos resultados. Esperava muito da corrida feminina, penso que na primeira parte foi um passeio e, portanto, não foi feito o tempo que esperava. O tempo não é digno da meia-maratona de Lisboa. Esperava francamente melhor, porque estiveram das melhores atletas do mundo aqui", afirmou.
Quanto ao setor masculino, Carlos Móia enalteceu a proeza de Jake Robertson em quebrar o habitual domínio dos atletas africanos e realçou a visibilidade que esse feito pode dar à meia-maratona de Lisboa.
"Na parte masculina temos a registar que apareceu um neozelandês a ganhar e a quebrar a hegemonia de África a ganhar. Por três segundos não bateu o recorde da Oceânia. Estou extremamente contente, porque, para a prova, aparece um neozelandês jovem a ganhar na sua primeira meia-maratona", sublinhou.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, também aproveitou para correr e destacar a importância desta prova na vida da cidade: "Faz parte indiscutível do nosso calendário de eventos, em que dezenas de milhares de pessoas tiveram oportunidade de participar."
Para o autarca, a união entre competição e lazer na meia-maratona de Lisboa é um dos segredos para atrair mais participantes estrangeiros. "Cada vez mais esta prova atrai pessoas de fora para virem expressamente correr esta prova. Não há muitas provas que possam decorrer neste cenário extraordinário", referiu.
Por sua vez, o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, considerou que a meia-maratona de Lisboa "é uma prova que comprova a aposta que a Câmara está a fazer nas suas políticas desportivas" e para que "Lisboa seja capital europeia do desporto 2021".