Carlos Costa na Maratona do Porto: "Se tiver pernas para alcançar os quenianos..."
Carlos Costa preside ao Vizela Corre e quer ser o melhor português na Maratona do Porto
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Carlos Costa preside ao Vizela Corre e vai representar o clube no domingo na Maratona do Porto, corrida em que já foi sexto classificado, em 2014, procurando este ano ser o melhor português e bater o recorde pessoal.
"A partir dos 25, 30 quilómetros, se tiver pernas para alcançar os quenianos, vou lutar para isso, e se conseguir um pódio é excelente", conta à Lusa, à margem de um evento do patrocinador de calçado da prova, na "expo" que a organização montou na Alfândega do Porto.
Com 2:19.48 horas de marca, o objetivo é baixar desse nível, até porque o recorde pessoal "tem tudo para cair, já devia ter caído", e "se tudo correr bem, vai cair".
Chegar ao pódio geral, num ano com vários triunfos noutras distâncias em várias corridas pelo país, "seria tudo, a cereja no topo do bolo".
Em 2024, foi o segundo melhor português na 20.ª edição desta corrida, com 02:21.24 de marca, procurando este ano o primeiro lugar nacional e estar tão próximo quanto possível da frente da corrida.
Vendo a elite muito forte, com vários nomes provenientes do Quénia a prometerem dominar o ritmo e "ameaçarem" o recorde da prova, Carlos Costa lamenta que o contingente nacional de topo surja "um pouco desfalcado, com a lesão de Miguel Borges", nono em 2024.
"Por isso é que também pedi ao Nuno [Fernandes], meu colega de treino e do meu clube, que me ajudasse até onde pudesse. É difícil correr uma maratona sozinho", contou.
Para um dia em que se prevê bom tempo, depois de dias de chuva na cidade, a "lebre" Nuno Fernandes assume, à Lusa, a "responsabilidade grande" da sua função, que espera levar até à meia maratona, mantendo o mesmo ritmo em prol do companheiro de equipa até onde puder.
Quanto ao recorde da corrida, desde 2021 cifrado nos 2:08.58 pelo queniano Zablon Chumba, Carlos Costa considera que "pode cair", até porque "a organização trabalha sempre para isso, e para isso faz o investimento que faz nesta maratona".
O queniano Yohans Tadesse surge como principal registado na elite, com 2:07.19 como melhor marca pessoal, estabelecida já em 2022.
Do Quénia chega Kenneth Limo, com 2:09.41, enquanto o etíope Derara Huisa (2:08.09) venceu já este ano a Maratona de Madrid - Simion Taurus (2:13.22), segundo no Porto, em 2021, está de regresso à cidade.
Com o mesmo trajeto de 2024, iniciado junto ao Sea Life, na via do Castelo do Queijo, e finalizado no Queimódromo, a distância de 42,195 quilómetros terá 7.500 atletas a atuar entre Porto, Matosinhos e Leça da Palmeira, mas sem fazerem a travessia sobre o rio Douro até Vila Nova de Gaia, face às obras de construção da Ponte D. Antónia Ferreira.
Chancelado pela World Athletics, o evento integra também uma corrida solidária de 10 quilómetros, disputada por um máximo de 5.000 atletas, e uma caminhada de seis quilómetros, sem fins competitivos ou restrições etárias, cujas inscrições estão abertas.
As duas maiores distâncias juntam 12.500 pessoas de 86 nacionalidades, com 51% de estrangeiros, números em sintonia com as mais recentes edições da Maratona do Porto.
Aos 23 anos, a antiga campeã nacional Beatriz Fernandes, natural de Joane (Vila Nova de Famalicão), quer "baixar dos 35 minutos" e, com isso, estabelecer novo máximo de carreira, e com isso "ir ao pódio" geral nos 10 quilómetros, uma distância na qual tem sido "muito bom ver o atletismo a crescer", com mais pessoas a juntarem-se a corridas, diz à Lusa.
Na elite feminina terá como principais oponentes, a julgar pelos resultados e marcas recentes, nomes como Carla Martinho (Beira-Mar), Miriam Martins, Beatriz Rios ou Marta Martins (Guilhovai).
Nos 10 km masculinos, Nuno Oliveira, Ruben Pires, Ricardo Barros e Rui Pedro Silva estão entre os principais destaques e candidatos aos primeiros lugares, assim como Luís Mendes.
O tiro de partida para a Maratona do Porto, na distância "rainha", é dado pelas 08:00, junto ao Sea Life, com a chegada não muito longe desse local.

