Carlos Cardoso, mais conhecido por Litos, é base do Illiabum. Apesar da tenra idade já dá nas vistas, depois de se ter feito jogador no famoso Parque das Camélias, no Porto.
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Nas últimas semanas, Carlos Cardoso, mais conhecido por Litos, tentou convencer o técnico Pedro Nuno de que devia ser ele a lançar bolas decisivas, ao som da buzina, e a meia-final da Taça de Portugal contra o Galitos, que o Illiabum ganhou no prolongamento, deu-lhe razão. Com um "buzzer-beater" e outros tiros certeiros, foi o jovem de apenas 20 anos que forçou o tempo extra e colocou a formação de Ílhavo na final, depois ganha ao Benfica, numa conquista histórica para o clube.
"Em tom de brincadeira, mas a sério também, disse-lhe que gostava daquelas bolas, eram as que me davam mais prazer a lançar. Nos treinos fui provando que conseguia e que essa pressão me fazia bem", contou o base a O JOGO.
Litos chegou a Ílhavo há quatro épocas, depois de estar no CAR Jamor, tendo-se estreado na Liga aos 16 anos. "No primeiro ano sentia-me muito menino, agora não há tanta diferença, porque é uma equipa muito jovem também. Ganhei experiência e maturidade a sair de casa com aquela idade", defende o jogador, natural do Porto, formado no Vasco da Gama e Desportivo de Leça. Os tempos no Parque das Camélias ainda estão bem presentes na memória do jovem. "Joguei em alcatrão, com três paredes e meia, a chover no pavilhão, ia para lá limpar o piso para poder treinar à noite", recorda.
Considerado um atleta "inteligente, mas com mau corpo" pelo técnico Pedro Nuno, o internacional de sub-20 sonha chegar a um grande, pois foi num clássico entre FC Porto e Benfica que, aos seis anos, sentiu o apelo pelo basquetebol. "Num desconto de tempo brinquei com um atleta do FC Porto, o pavilhão estava cheio e isso é que me puxou. Vou trabalhar mais de dia para dia."