Campeã olímpica norte-americana revela ter sido vítima de ataque xenófobo nos EUA
Atleta foi mais um alvo de descriminação em solo norte-americano, prática recorrente com o surgir da pandemia de covid-19 na China, por ser descendente asiática
Corpo do artigo
Durante um serão de lazer na cidade norte-americana de Los Angeles, Sunisa Lee, campeã olímpica de ginástica artística nos Jogos Olímpicos de 2020, foi vítima, revelou a própria, de um ataque xenófobo, ocorrido há algumas semanas.
A atleta nascida nos EUA, contou que foi atingida com gás-pimenta enquanto esperava, juntamente com amigos, por um táxi, após terem saído de uma festa, tendo recebido, inclusive, comentários discriminatórios por ser descendente asiática.
"Disseram para voltarmos para o nosso país", revelou Sunisa Lee, à "Pop Sugar", detalhando que os autores do ataque xenófobo, tornado frequente nos EUA com o surgir da pandemia de covid-19 na China, seguiam num carro, pelo que não reagiu.
"Eu fiquei muito zangada na altura, nem pude fazer nada porque eles arrancaram na estrada. Foi um momento muito difícil, porque não queria fazer nada que me metesse em apuros", confessou Sunisa Lee à publicação californiana.
A campeã olímpica de ginástica artística, de etnia hmong (grupo étnico asiático oficialmente reconhecido pela China) nasceu nos EUA, em 9 de março de 2003, tendo a mãe mudado-se para solo norte-americano ainda em criança.
Nos últimos meses, mais desportistas asiático-americanos foram alvo de ataques xenófobos. Em abril passado, o karateca olímpico Sakura Kokumai, com descendência japonesa, foi discriminado e ameaçado enquanto treinava na Califórnia, tendo o autor sido, posteriormente, detido pelas autoridades policiais.